Tecido Muscular

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O tecido muscular é constituído células altamente especialidadas em realizar contrações. Suas células são alongadas, multinucleadas ou não, contendo em seu citoplasma grandes quantidades de filamentos de proteína contrátil, dentre eles os principais: actina e miosina. É um tecido altamente vascularizado e inervado, grande consumidor de energia e produtor de calor.

Suas células têm origem mesodémica e se diferenciaram pelo alongamento das células e pela produção dos filamentos contráteis. São estes filamentos que, consumindo energia proveniente da quebra de ATP, contraem-se, deslizando-se uns sobre os outros.

É importante notar que as estruturas celulares das células musculares possuem nomes especiais. A membrana celular é chamada de sarcolema; o citoplasma é o sarcoplasma; e o retículo endoplasmático liso é o retículo sarcoplasmático.

Músculo estriado esquelético. Foto: By Nephron [CC-BY-SA-3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0) or GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html)], via Wikimedia Commons

Músculo estriado esquelético. Foto: Nephron [CC-BY-SA-3.0 or GFDL], via Wikimedia Commons

Existem diferentes tipos de tecidos musculares no corpo humano. De acordo com suas características morfológicas e funcionais, eles foram classificados em três tipos: Músculo estriado esquelético, estriado cardíaco e músculo liso.

O músculo estriado esquelético está presente em maior quantidade no corpo humano. Ele está preso ao nosso esqueleto através dos tendões e permite que realizemos movimentos variados como andar, correr, pegar ou manipular objetos. A contração é forte, rápida, descontínua e voluntária. Descontínua quer dizer que após uma contração não ocorre automaticamente outra, o que caracteriza a voluntariedade, ou seja, a contração de um músculo esquelético depende de um comando central, da vontade da pessoa.

As células musculares esqueléticas são cilíndricas e muito longas (chegam até a 30cm), contendo um grande número de filamentos de actina e miosina. À estes filamentos contráteis dá-se o nome de miofibrilas. Ao se analisar este tecido ao microscópio constataremos a presença de vários núcleos por célula, além de estrias transversais, típica dos músculos estriados. Estas estrias são devidas à superposição de áreas mais densas das miofibrilas.

As células do músculo estriado cardíaco, como o próprio nome sugere, são encontradas apenas no coração. Assim como o músculo esquelético, o cardíaco possui células longas, cilíndricas e estriadas, porém são ramificadas.

Músculo liso. Foto: Polarlys [GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html), CC-BY-SA-3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/) or CC-BY-2.5 (http://creativecommons.org/licenses/by/2.5)], via Wikimedia Commons

Músculo liso. Foto: Polarlys [GFDL, CC-BY-SA-3.0 or CC-BY-2.5], via Wikimedia Commons

Estas ramificações unem uma célula à outra através de uma estrutura permeável ao impulso elétrico chamada disco intercalar. Com estas ramificações a contração do músculo cardíaco é uniforme, essencial para o bom funcionamento do coração.

A contração deste músculo é rápida, forte e involuntária, ou seja, independe da nossa vontade. Portanto, é também contínua, já que uma contração desencadeia outra, e assim sucessivamente.

O terceiro tipo de músculo é o músculo liso. Ele é encontrado nos órgãos internos, como intestino, bexiga e útero, sendo responsável pelos movimentos realizados pelos mesmos, como o peristaltismo, a expulsão de urina e as contrações do parto, respectivamente. Também é encontrado na parede dos vasos sanguíneos, onde ajudam a regular a pressão sanguínea.

As células do músculo liso são fusiformes (isto é, espessas no centro e afiladas nas extremidades) e possuem apenas um núcleo central (mononucleadas). Ele também não possui as estrias transversais e suas células se organizam em aglomerados. A contração é lenta, fraca e involuntária.

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