Sambaqui

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Sambaquis são montes compostos de moluscos (de origem marinha, terrestre ou de água salobra), esqueletos de seres pré-históricos, ossos humanos, conchas e utensílios feitos de pedra ou ossos. É resultado de ações humanas, ou seja, são montes artificiais, com dimensões e formas variadas.

Foto: Lucas Martins / InfoEscola

Foto: Lucas Martins / InfoEscola

A palavra “sambaquis” tem origem Tupi, e é a mistura das palavras tamba (conchas) e ki (amontoado).

Os sambaquis são locais muito antigos, onde os homens comiam moluscos em grandes grupos. O formato dos sambaquis vão dos cônicos aos semi-esféricos. Dependo da região, são conhecidos por casqueiros, concheiros ou berbigueiros.

O primeiro sambaqui estudado está na Dinamarca. Alguns sambaquis em países Europeus e no norte da África foram datados como de 4000 a 2000 a.C.

No Brasil, existem sambaquis em vários pontos do litoral brasileiro, sendo que em Santa Catarina estão os maiores sambaquis do mundo. Nesse estado, existem sambaquis em todo o litoral, que chegam a ter 25 metros de altura e centenas de metros de extensão. Tem idade aproximada de 5.000 anos. Em nosso país existem sambaquis inclusive no baixo Amazonas e no Xingu.

Dentre os utensílios encontrados nos sambaquis brasileiros, muitos são feitos em rocha, como os quebra-cocos, facas, machados de diabásio semi-polido, raspadores e pontas. Os anzóis, furadores, pontas de flechas e arpões encontrados são feitos de ossos.

As explicações possíveis quanto à finalidade dos sambaquis são diversas. Para alguns pesquisadores, eles seriam depósitos dos restos de alimentos, de carcaças e ossadas de animais, servindo também, não se sabe por que, como abrigo de sepulturas de humanos. Não eram utilizados como moradias, enfim.

Existem pesquisadores que defendem que os sambaquis serviam como acampamentos temporários.

Para outros pesquisadores, os sambaquis seriam habitações temporárias, o que explicaria a presença de sepulturas. Servia também, nessa versão, como depósito de materiais.

Apesar de serem patrimônio da União, verdadeiros crimes ambientais destruíram parte dos sambaquis brasileiros, como construções irregulares em áreas protegidas e a extração de cal por industrias inescrupulosas.

Arquivado em: Arqueologia, História
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