Aluísio Azevedo

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O romancista Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857, em São Luís do Maranhão, e é considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil. Era fruto de uma relação duramente criticada entre o vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães, visto que o pai era viúvo, sua mãe separada e os dois não oficializaram a união. O autor era irmão caçula de um outro autor maranhense muito importante, Arthur Azevedo.

Retrato de Aluísio Azevedo. Fonte: autor desconhecido / domínio público.

Retrato de Aluísio Azevedo. Fonte: autor desconhecido / domínio público.

Aluísio estudou até os 19 anos em São Luís, mudando-se em 1876 para o Rio de Janeiro.

Durante sua infância trabalhou como caixeiro e guarda-livros, inclinando-se para o desenho e a pintura desde muito novo. No Rio de Janeiro, vivendo com o seu irmão, foi estudar pintura na Academia Imperial de Belas-Artes, onde se revelou um exímio caricaturista, contribuindo com publicações em jornais e periódicos.

Com a morte de seu pai, em 1878, volta a São Luís, onde começa a trabalhar para a imprensa local e publica seu primeiro romance em 1880, Uma Lágrima de Mulher, com apenas 23 anos.

Um romance extremamente sentimental e melodramático que foi ignorado pela crítica, mas aclamado pelo público. No ano seguinte ele publica o que viria a ser um de seus livros mais conhecidos, O Mulato, e ainda inauguraria o movimento naturalista no Brasil.

O movimento naturalista é uma ramificação do Realismo e retrata a sociedade de uma forma bem objetiva, o homem nessa vertente é observado por suas atitudes, e essas são determinadas pelo instinto, o homem é semelhante nesse momento aos animais, ignorando a racionalidade.

Depois de duras críticas à sociedade maranhense no seu último livro, Aluísio fica sem muito ambiente em São Luís. O ambiente pior ainda mais quando ajuda a lançar e colabora com o jornal abolicionista O pensador, onde expõe ideias que vão contra as da igreja. O autor então regressa ao Rio de Janeiro e, influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola, torna-se precursor do movimento naturalista-realista. Tornou-se assim o primeiro escritor profissional, vivendo exclusivamente de sua produção literária por 15 anos.

Viveu produzindo extensivamente novelas, romances, contos, peças e crônicas, apelando para estórias mais suaves, românticas ou humorísticas que garantissem o seu sustento através da venda para o grande público. É possível até dividir a obra de Aluísio de Azevedo em dois setores: o conteudista, com obras como O cortiço, Casa de pensão, e O mulato, e o setor para as massas com Girândola de Amores.

Aos 38 anos é feito diplomata e para de escrever indo à Europa, à Ásia e à América Latina.

Aos 53 ano torna-se cônsul de primeira classe, instalando-se em Buenos Aires, onde mora com Pastora Luquez e cria seus dois filhos. Funda a quarta cadeira na Academia Brasileira de Letras. Morre em 21 de janeiro de 1913 em Buenos Aires.

Em 1918 seus restos mortais são transferidos para o Brasil, em São Luís do Maranhão, sua cidade natal, por iniciativa de Coelho Neto.

 

Bibliografia:
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/aluisio-azevedo.html ; acesso em 14 de abril de 2016.
http://www.academia.org.br/academicos/aluisio-azevedo ; acesso em 14 de abril de 2016.

Arquivado em: Biografias, Escritores
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