Sergei Eisenstein

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Sergei Mikhailovich Eisenstein (Riga, Letônia, 23 de janeiro de 1898 - Moscou, Rússia, 11 de fevereiro de 1948) foi um professor, pensador, diretor, roteirista e editor russo. Um dos nomes fundamentais na consolidação da linguagem das imagens em movimento, sua obra é até hoje objeto de estudo para todo o admirador e profissional da sétima arte.

Quando jovem, Eisenstein frequentou uma escola estatal de ciências, de forma a preparar-se para a escola de engenharia, seguindo os passos do seu pai. Encontrou tempo, no entanto, para ampliar seu conhecimento lendo várias obras em russo, alemão, inglês e francês, bem como compondo desenhos animados e atuando num grupo de teatro infantil que ele mesmo fundou.Em 1915, mudou-se para Petrogrado para continuar seus estudos no Instituto de Engenharia Civil, onde seu pai também havia se formado. Por conta própria, ele também estudou arte renascentista e assistiu a produções de vanguarda do teatro de Vsevolod Meyerhold e Nikolai Yevreinov.

O primeiro filme de Eisenstein, o revolucionário "A Greve", foi produzido em 1924, mostrando que arte e política podiam andar juntas. No longa, ele propõe uma nova forma de edição, a"montagem de atrações", em que as imagens são escolhidas arbitrariamente e independente da ação, apresentadas não em seqüência cronológica, mas de qualquer maneira para extrair o máximo de impacto psicológico.

No ano seguinte, dirige aquele que provavelmente é sua grande obra-prima, "O Encouraçado Potemkin”, filme dos mais importantes da história do cinema. Filmado em apenas dois meses e montado com extraordinário apuro técnico, “Potemkin” tem cenas cujo ritmo supera, com folga, qualquer clipe pós-moderno da geração MTV. Eisenstein tinha apenas 27 anos. Logo depois faz “Outubro”, um filme produzido para as comemorações do décimo aniversário da Revolução de Outubro de 1917, mas lançado apenas em 1928, em virtude de todas as cenas que incluíam a personagem Leon Trotsky, um dos líderes da revolta, terem sido cortadas.

É com Outubro que Eisenstein começa a perder prestígio em meio às autoridades soviéticas, pois além da inclusão de um personagem indesejado, a sua estrutura complexa e a abundância de metáforas abstratas diminuíam a sua mensagem e conteúdo propagandístico, não tendo o mesmo impacto que "O Encouraçado Potemkin". É certo, porém, que em nenhum outro filme sua busca por uma nova linguagem cinematográfica foi tão radical.

Com o sucesso de seus três filmes russos, Eisenstein é convidado pela MGM para trabalhar nos Estados Unidos, onde não se adaptou ao estilo industrial de Hollywood. Resolve então voltar à União Soviética, e é encarregado de filmar Alexander Nevsky, num momento em que os nazistas iniciavam seu projeto de guerra. O filme torna-se mais um clássico do diretor russo, que vai logo depois conceber uma trilogia sobre Ivã IV, "o Terrível". Antes de iniciar a terceira sequencia, morre de ataque cardíaco, em meio ao descrédito da cúpula soviética que não aprovou o tom humanista dado a Ivã IV. No mundo todo, porém, este seria mais um de seus pontos altos, consagrando-o como um dos mestres da arte cinematográfica.

Bibliografia:
Sergei Eisenstein Biography. Disponível em: <http://www.carleton.edu/curricular/MEDA/classes/media110/Severson/bio.htm>. Acesso em: 24 abr. 2012.

GERBASE, Carlos. Sergei M. Eisenstein (1898 - 1948). Disponível em <http://www.terra.com.br/cinema/favoritos/eisenstein.htm>. Acesso em: 24 abr. 2012.

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