Walter Scott

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Não se sabe ao certo o porquê de Walter Scott mancar, já que a verdadeira causa não  é conhecida, podendo ser um acidente na perna direita ou poliomielite e por isso fora levado à fazenda de seu avô, aos dois anos de idade, saindo de sua Edimburgo (Escócia), onde nascera em 1771. Seis anos depois já conseguia até correr, porém sempre sofreu as consequências dessa deficiência. Volta à terra natal e apesar de não ser brilhante nos estudos, destaca-se entre os colegas, resenhando os diversos gêneros literários que lia avidamente.

Forma-se por ordem do pai, como advogado, e fascina-se fantasiando histórias em torno das figuras dos clientes que o procuram, além de aproveitar os novos rendimentos para comprar novos romances e livros de poesias. Algum tempo após casa-se com uma jovem francesa, refugiada na Escócia após a Revolução Francesa. Sua oportunidade para dedicar-se à literatura surge após obter o cargo de delegado no pacífico condado de Selkirk. Inicia aí sua carreira literária com uma tradução para o inglês do poema Lenore de Bürger e o drama Goetz Von Berlichingen de Goethe.

Passa a escrever poemas nos quais insere as tradições escocesas e muito de fantasia, tornando-se conhecido e apreciado. Ao deparar-se com um livro de Lord Byron, percebe a superioridade da obra deste e decide dedicar-se à prosa, mais precisamente ao romance histórico e Waverley é o primeiro exemplo, de uma obra complexa, recheada de intrigas, batalhas, fugas, traições e aventuras de toda sorte. E o que diferencia sua obra é que o fundo histórico é real e a trama ficcional.

Publica outros romances de sucesso, porém permaneceu incógnito, como escritor por doze anos, o que aumentava o fascínio do público por seus livros. Ao refugiar-se no passado medieval da Inglaterra do século XII e estabelecendo relações entre o historicamente verdadeiro e o imaginário verossímil da época traz à luz o auge de sua fama: Ivanhoe, (1820) aventuras fictícias, porém de cenário real como templários, preconceitos anti-semitas, castelos. Suas obras foram traduzidas para várias línguas e no mesmo ano da publicação desse romance tornou-se barão.

Seguindo na trilha do sucesso produz dois romances por ano: 1820 O Abade e O Mosteiro; Kenilworth 1821; O Pirata e As Venturas de Nigel e Peveril of the Peakem 1822; Quentin 1823; St. Roman’s Well e Redgautlet em 1824 e finalmente Contos dos Cruzados em1825. O infortúnio bate à sua porta no ano de 1826 e perde sua esposa, seu filho caçula, e seus editores vão à falência, tendo o escritor considerável participação nessa empresa. Escreve uma biografia de Napoleão, mal acolhida e uma série de contos.

Revela-se autor de Waverley; publica dois volumes da História da Escócia e em dois anos paga parte de suas dívidas. Apesar de doente, e enfraquecido, continua sua atividade de escritor, sofre duas apoplexias e em 21 de setembro de 1832 falece.

Fonte:
Os Imortais da Literatura. São Paulo: Abril, 1972.

Arquivado em: Biografias, Escritores
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