Absorção e Metabolização do Cromo

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

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O elemento químico cromo apresenta símbolo Cr, número atômico (somatório de prótons existente no núcleo atômico) de 24 e massa atômica de 52 unidades. Sob condições normais de temperatura e pressão (CNTP) é um sólido, de aspecto metálico, tendendo ao cinza escuro. É um metal de transição, localizado no bloco intermediário da Tabela Periódica, de alta dureza, mas frágil estruturalmente.

Alguns estudos recentes tem mostrado que o cromo é capaz de reduzir a gordura corporal, destacando-se a abdominal. Entre as possíveis explicações para esse comportamento, está sua capacidade de diminuição do desejo pela ingestão de glicídios.

O cromo faz com que o carboidrato seja aproveitado como fonte de energia e não fique armazenado sob a forma de gordura, confirma a nutróloga Tamara Mazaracki, do Rio de Janeiro. Vários estudos apontam nessa direção. Um deles, realizado pelo Health and Medical Research Foundation, em San Antonio, nos Estados Unidos, e publicado no Journal Current Therapeutic Research, analisou 122 pacientes gordinhos. Uma parte deles tomou 400 mcg de cromo diariamente por três meses e a outra, apenas placebo. Ao final do período, a primeira turma havia perdido 2,8 quilos de gordura corporal, enquanto o restante do grupo emagreceu 1,5 quilo. Outra pesquisa americana mais recente, feita pela University of Vermont em parceria com a Louisiana State University, indica o mesmo resultado: a ingestão de cromo interfere positivamente na perda de peso1.

O cromo é absorvido pelo organismo na primeira fração do intestino delgado, mas sua quantidade absorvida é muito pouca, aproximadamente 1%. Essa absorção pode ser aumentada pela presença de agentes de natureza quelante, que possuem a característica de complexar o cromo na forma de anéis. E sua absorção é reduzida na presença de compostos filatos. Algumas pesquisas demonstram que o ferro interfere negativamente na absorção de cromo, o que parece ser devido à existência de um mecanismo de transporte comum aos dois.

Vários pesquisadores dosaram o cromo no sangue, nos tecidos e nos cabelos. Tendo-se material adequado, a análise dos oligoelementos no cabelo é interessante e relativamente simples. Esse método se justifica ainda mais no caso do cromo, apresentando diversas vantagens: maior concentração do cromo nos cabelos do que nos tecidos e, pois, melhor correlação. As concentrações nos cabelos não sofrem flutuações rápidas, refletindo, assim, melhor o estado nutricional ao longo do tempo2.

Sabemos hoje que a importância do cromo no organismo humano se deve ao controle que ele exerce na absorção de lipídeos. “A ingestão dietética diária é de 50 a 200 ug, segundo a ESAD-DI (Estimated safe and adequate daily dieteary intake). A principal função do cromo é potencializar os efeitos da insulina, e através desta alterar o metabolismo da glicose, aminoácidos e lipídeos. Considerando-se os efeitos anabólicos promovido pela a insulina nos tecidos, promovendo a captação de glicose, aminoácidos e a síntese de proteínas, a presença de cromo potencializa estas ações, reduzindo os níveis de gordura corpórea e normalização do lipídios sanguíneos. A medida que envelhecemos, retemos menos cromo no organismo. O excesso de gorduras e açúcar na dieta aumenta a excreção e consumo de cromo3.

Referências:
1. http://saude.abril.com.br/edicoes/0300/corpo/conteudo2. http://www.oligopharma.com.br/oligoelementos/cromo
3. http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/07/08/o-cromo-no-organismo-humanohttp://pt.wikipédia.org

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