Grupo de Intervenção da Gendarmaria Nacional (GIGN)

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O Grupo de Intervenção da Gendarmaria Nacional, geralmente abreviado por GIGN, é uma força de operações especiais sob comando da Força Aérea Francesa. Ele é parte da força da Gendarmaria Nacional (a polícia militar francesa) e é treinado para realizar tarefas anti-terroristas e reagir a situações com reféns na França ou em qualquer outro lugar do mundo. O GIGN foi formado em 1973, e em 2007 ele foi completamente reorganizado. A unidade absorveu o Esquadrão de Paraquedistas da Gendarmaria (EPIGN) e trinta grupos do GSPR (Grupo de Segurança da Presidência da República) para formar um "novo" e mais complexo GIGN. Existem agora três partes distintas para a unidade: O Grupo de Intervenção, o de Observação e Busca e o de Segurança e Proteção.

gignApós o Massacre de Munique durante os Jogos Olímpicos de 1972, e uma rebelião na Prisão de Clairvaux no ano anterior, a França começou a estudar possíveis soluções para enfrentar ataques extremamente violentos, considerando que eles sempre seriam difíceis de prever e evitar. Em 1973, o GIGN se tornou uma força permanente, com homens muito bem treinados e equipados para responder a esses tipos de ameaças, sempre com o objetivo maior de diminuir os riscos impostos aos civis, reféns, aos agentes e até mesmo aos próprios atacantes.

A unidade se tornou operacional em 1974, sob o comando do Tenente Christian Prouteau. Apenas dez dias depois, o grupo participou da sua primeira intervenção contra uma pessoa perturbada em Ecquevilly, comprovando a utilidade do grupo. Inicialmente, o GIGN contava com 15 membros, chegando a ter 87 até 2000. Após a grande reestruturação em 2007, o GIGN absorveu outras unidades, e passou a ter 380 soldados. À partir de então, policias militares recém recrutados serão treinados para intervenção, tendo a oportunidade de verterem para uma das três unidades que o GIGN se tornou.

O objetivo da reestruturação era aumentar o número de soldados especiais sob uma mesma unidade, que contasse com pelo menos 200 homens que tivessem sido treinados juntos, para participarem de intervenções de larga escala, como o Cerco à escola de Beslan, em 2004, na Rússia.

Desde a sua criação, o GIGN participou em mais de 1000 operações, libertando mais de 500 reféns, prendendo 1000 suspeitos e matando 12 terroristas, perdendo apenas 2 em ação. Outros sete soldados morrem durante o treinamento, e mais dois cães mortos em ação. Entre as suas intervenções mais famosas estão:

  • A libertação de 30 crianças de um ônibus tomado pela Frente de Libertação da Costa da Somália, em Djibouti, 1976.
  • A libertação de 229 passageiros e tripulantes do vôo Air France 8969, em 1994. O avião, sequestrado por quatro terroristas do GIA (Grupo Islâmico Armado) que planejavam se chocar e destruir a Torre Eiffel. Apesar de três passageiros terem sido executados durante as negociações com o governo argelino, a missão é reconhecida como um grande sucesso.
  • A prisão do mercenário Bob Denard, em 1995, em Comores.
  • Apreensão de seis piratas e recuperação de parte do resgate durante o ataque ao iate Le Ponant, na Somália, em 2008.
  • A participação na libertação de dezenas de reféns em um clube em Paris, durante os atentados terroristas ocorridos em novembro de 2015.

O GIGN foi escolhido pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) para treinar forças especiais dos outros países em exercícios de resgate de reféns a bordo de aviões.

Fontes:
http://www.gign.org/gi/
http://www.specialoperations.com/Foreign/France/GIGN/
http://en.wikipedia.org/wiki/National_Gendarmerie_Intervention_Group

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