Quelóide

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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O quelóide é definido como uma cicatrização imperfeita resultante de uma exacerbada resposta cicatricial. Acomete mais comumente indivíduos jovens, com idade entre 11 a 30 anos. Quanto ao sexo, é mais comum atingir mulheres do que homens. É mais frequente, em ordem decrescente, em negros, mestiços, orientais e brancos, sendo que os indivíduos negros apresentam quase 20 vezes mais predisposição ao surgimento do quelóide quando comparados com pessoas brancas.

Os quelóides foram descobertos em 1.700 a.C. pelos egípcios. Em 1806, Baron Jean Louis Alibert identificou o quelóide como sendo uma entidade, denominando-o de cancróide, posteriormente alterando o nome para quelóide, para evitar a conotação cancerígena.

Sua formação ocorre no interior dos tecidos. O colágeno, que participa do processo de reparação de lesões, tende a deixar a área de cicatriz maior do que o normal. Podem surgir durante o processo cicatricial de qualquer lesão de pele e até mesmo espontaneamente. Podem aparecer em locais de perfuração de um piercing, nas orelhas, sobrancelhas, e em outros locais, além de poder surgir em lesões provocadas por alguma afecção, como catapora, acne, bem como em lesões repetitivas por infecções, roupas, acessórios, entre outros.

Apresenta consistência endurecida e superfície lisa. Inicialmente, possui uma coloração rósea ou avermelhada, passando a ter, posteriormente, cor semelhante à pele normal ou escurecida. Os locais mais susceptíveis ao surgimento do quelóide são o tronco superior, os ombros, orelhas e face.

É de extrema importância que quando um indivíduo for submetido a um procedimento cirúrgico, informe ao médico que apresenta histórico do quelóide pessoal ou familiar.

Existem diversas técnicas utilizadas no tratamento do quelóide, apresentando sucesso variável, são elas:

  • Cirurgia: este procedimento requer cuidados pré e pós operatórios. Há grande chance, de aproximadamente 45%, de recorrência, caso a cirurgia não seja combinada com outros tipos de tratamento, como por exemplo, a injeção intra-lesional com corticóide; a sutura de pele também reduz as chances de recidiva do quelóide.
  • Pensos: pensos úmidos com gel de silicone ou folhas de silástico reduzem o quelóide.
  • Corticóides injetáveis: são especialmente usados quando a cicatriz começa a espessar ou se o paciente apresenta histórico de desenvolvimento do quelóide. Aplicações seriadas de corticosteróides ou acetato de triancinolona podem diminuir o tamanho do quelóide.
  • Compressão: ligaduras de compressão realizadas no local do quelóide durante meses levam a redução das dimensões da lesão. O resultado é melhor quando for utilizado na prevenção de novas lesões.
  • Criocirurgia: este tipo de tratamento é excelente para quelóides pequenos e que encontram-se em peles ligeiramente pigmentadas.
  • Radioterapia: pode ser usada, penetrando pouco, sem afetar órgãos internos.
  • Terapia a laser: é um procedimento cirúrgico alternativo para remoção dos quelóides.
  • Novos tratamentos: algumas drogas utilizadas no tratamento de cânceres têm mostrado resultados positivos no combate ao quelóide. Isso inclui interferon-alfa, 5-fluoruracil e bleomicina.

Fontes:
http://www.queloide.com.br/queloide.html
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/queloide.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queloide
http://www.sbcd.org.br/pagina.php?id=227
https://web.archive.org/web/20100414010110/http://www.wgate.com.br:80/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/queloide.htm

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