Craniossinostose

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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Craniossinostose, também denominada cranioestenose, é uma anomalia resultante da fusão prematura das suturas craniais.

O normal é que, ao nascer, o recém-nascido apresente os ossos do crânio separados por suturas e duas aberturas no topo, denominadas fontanela anterior e posterior, conhecidas popularmente como moleiras. As principais funções dessas estruturas são: facilitar a passagem do feto pelo canal inguinal no momento do parto e permitir o crescimento adequado do cérebro. Posteriormente estas aberturas fecharam naturalmente.

O formato da cabeça pode variar de indivíduo para indivíduo, de acordo com a característica familiar. Por conseguinte ao nascimento, é  comum o recém-nascido apresentar deformações na calota craniana que são conseqüentes da compressão destas no parto. Contudo, dentro de 7 a 10 dias a cabeça retoma o formato normal.

Durante o primeiro ano de vida, o cérebro atinge metade do tamanho que terá  quando adulto e finaliza seu crescimento no término do segundo ano de vida. A fontanela anterior é maior do que a posterior e também é a que fecha mais vagarosamente, ocorrendo por volta do 9° ao 15° mês de vida, enquanto que a fontanela menor normalmente fecha no 2° mês de vida.

No caso da craniossinostose, há uma modificação no formato do crânio, uma vez que o cérebro fica impossibilitado de crescer normalmente. Esse fechamento adiantado pode resultar em deformidades na cabeça e até problemas neurológicos severos.

Ocorre mais comumente em indivíduos do sexo masculino e pesquisas evidenciam que há um caso de craniossinostose para cada 2.000 nascidos vivos. Esta afecção é congênita e inicia-se durante o desenvolvimento embrionário. Pode ter etiologia hereditária, intra-uterina ou infecciosa; o uso de certos fármacos durante a gestação também podem levar a esta anomalia.

O diagnóstico é realizado por meio do exame físico da cabeça do recém-nascido, juntamente com o exame radiológico e avaliação por neuroimagem. Estes exames evidenciam o fechamento da sutura e as possíveis malformações dos ossos da face e/ou do sistema nervoso.

Este problema deve ser tratado antes dos 8 meses de vida; todavia, é  importante que o diagnóstico seja estabelecido até o fim do 2°  mês de vida da criança, para possibilitar a realização de um acompanhamento neurológico mais detalhado. O tratamento é cirúrgico, no qual se cria espaços ou suturas entre os ossos do crânio.

Fontes:
https://web.archive.org/web/20101228183241/http://www.spsp.org.br/spsp_2008/materias.asp?Id_Pagina=25
http://www.artesmedicas.com/craniossinostose.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-39842005000500013&script=sci_arttext
https://web.archive.org/web/20210304012017/http://neurocirurgia.me/Neurocirurgia/Craniossinostose.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Craniossinostose

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Arquivado em: Doenças congênitas
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