Discite

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição:


Ouça este artigo:

A discite é uma inflamação dos discos intervertebrais, que acomete especialmente crianças, mas também pode afetar adultos.

Não se chegou a um consenso até hoje sobre sua etiologia. Contudo, muitos acreditam ser resultantes de uma infecção. É provável que a infecção ocorra em um dos platôs vertebrais e, por conseguinte, passa a acometer o disco. A bactéria mais comumente implicada na discite é o Staphylococcus aureus.

A primeira manifestação clínica dessa afecção é a dor. Esta, por sua vez, pode ser local, variando de moderada a severa, agravando-se com a realização de qualquer movimento da coluna. A dor pode também propagar-se para abdômen, quadril e pernas. Alguns pacientes podem apresentar sintomas radiculares, como fraqueza e dormência, além de febre e calafrios.

Os exames envolvidos no diagnóstico dessa afecção são: radiografia da coluna lombo-sacra, ressonância magnética e exames de sangue. As radiografias laterais da coluna evidenciam uma aproximação do espaço discal com o platô da vértebra contígua; todavia, o exame mais útil para a identificação da infecção no espaço discal, é a ressonância magnética.

O tratamento adequado para essa afecção tem sido amplamente discutido. A maior parte da comunidade médica recomenda imobilizar a coluna com órteses (coletes). Outros médicos acreditam que também deve ser feito o uso de antibióticos, pois o quadro clínico mais provável é que haja a presença de uma infecção bacteriana do disco. Existe a possibilidade de realização de uma biópsia; no entanto, este procedimento não é indicado para crianças, apenas para jovens e adultos, principalmente quando há a suspeita do envolvimento desses pacientes com drogas, o que ampliaria o leque de possibilidade da presença de outros microorganismos além do S. aureus.

Há  a possibilidade do tratamento cirúrgico, sendo que este é indicado apenas quando o diagnóstico for inconclusivo, especialmente em casos de suspeitas de tumor; descompressão da estrutura neural quando houver associação com abscesso epidural ou compressão por todo tecido inflamado, fraqueza, dormência e alterações da bexiga ou do intestino; drenagem de abscessos e, em raros casos, para fundir a coluna instável.

Fontes:
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v51n2/24403.pdf
https://web.archive.org/web/20090225072247/http://www.colunars.com.br:80/coluna.asp?texto=3.3&link=2
http://www.dorlombar.com/discite-osteomielite-vertebral.html
http://www.neuro.pucpr.br/index.php?system=news&news_id=551&action=read
Ilustração: http://ajns.paans.org/article.php3?id_article=160

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Arquivado em: Inflamações
Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição: