Insônia Familiar Fatal

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A insônia familiar fatal (IFF) é uma doença hereditária autossômica dominante, na qual o indivíduo apresenta incapacidade de dormir, resultando em uma insônia intratável.

A totalidade dos casos de IFF resulta de uma alteração dos PrPc (príons celulares que são comuns a todas as células). Contudo, existe outro tipo de insônia fatal, denominada insônia fatal esporádica, na qual o próprio indivíduo desenvolve uma mutação (não hereditária).

O primeiro caso de morte registrado pela IFF foi no ano de 1765, em Veneza. Até poucos anos, a proteína PrPc mutante foi encontrada em apenas 40 famílias no mundo todo, afetando aproximadamente 100 pessoas.

O gene PRNP, responsável por fornecer as informações para a síntese da proteína PrPc, situa-se no braço curto do cromossomo 20.

A idade na qual a IFF surge é variável, indo dos 18 aos 60 anos de idade, com média nos 50 anos. A morte comumente ocorre dentro de 7 a 36 meses após o início da IFF

As apresentações clínicas variam de indivíduo para indivíduo, mesmo quando pertencentes à mesma família. Foi observado que a IFF evolui em quatro etapas:

  • 1° etapa: engloba sintomas como falta de sono que surge abruptamente, ataques de pânico, fobias atípicas e paranoias. Esta fase dura aproximadamente quatro meses.
  • 2 etapa: composta por alucinações e ataques de pânico. Dura cerca de cinco meses.
  • 3° etapa: o paciente apresenta completa incapacidade de dormir, juntamente com uma rápida diminuição do peso corporal. Persiste por cerca de três meses.
  • 4° etapa: fase na qual o paciente apresenta demência, perdendo por completo a capacidade de responder a estímulos externos. Esta fase dura por aproximadamente seis meses.

Após a quarta etapa, a falta de sono progride vagarosamente para o coma profundo, levando o paciente, por fim, à morte.

O diagnóstico pode ser feito somente por meio do quadro clínico apresentado pelo paciente.

Não há uma cura até o momento para a IFF. Não há nenhuma evidência de que o tratamento sintomático leve a uma melhora da qualidade de vida do paciente. Foi observado que remédios para dormir não são úteis, levando ainda a um agravamento das manifestações clínicas, além de acelerarem a evolução da doença.

Fontes:
http://www.tuasaude.com/insonia-familiar-fatal/
http://en.wikipedia.org/wiki/Fatal_familial_insomnia

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Arquivado em: Doenças genéticas
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