Nevo melanocítico congênito

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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O nevo melanocítico congênito consiste em um tumor benigno formado por células melanocíticas (pigmentares), presente desde o nascimento. De acordo com o seu tipo, é conhecido popularmente como pinta, verruga ou sinal.

Este tipo de nevo é resultado de uma mutação genética, não hereditária, que surge após a formação do embrião, sendo uma falha da migração dos melanócitos da crista neural para a pele. Os melanócitos acometidos pela mutação, que deveriam difundir-se uniformemente por toda a extensão da pele, acabam concentrando-se somente em uma área da pele, originando os nevos. Já as células melanocíticas que não foram afetadas pela mutação, migram normalmente por toda a pele.

Em alguns casos, a indivíduo nascem sem nevos, porém, poucos dias após o nascimento esse aparece e recebe o nome de nevo melanocítico congênito tardio.

Os nevos podem situar-se na epiderme, chamado de nevo juncional, na derme, recebendo o nome de nevo dermal e em ambas as camadas concomitantemente, recebendo o nome de nevo composto. Além disso, pode variar amplamente de tamanho, indo de menos de 1,0 cm até mais de 20 cm. A cor é outro fator que varia, podendo ir de marrom claro ao negro intenso (conhecido como nevo azul), ou então, podem apresentar-se avermelhados em decorrência da intensa vascularização no local. Além disso, nevo muito grande pode ter uma grande variação de cores interna.

Também é comum que o nevo melanocítico congênito apresente pelos, embora comumente não seja possível observar isso ao nascimento. A cor do pelo habitualmente é mais escura do que a do restante do corpo. Outra característica que varia neste tipo de nevo é a sua textura, que pode ser mais plano, enrugado ou irregular.

O nevo melanocítico congênito costuma ser menos resistente do que a pele circunvizinha a ele, podendo lesionar-se com maior facilidade, levando a um sangramento mais intenso do que a pele normal, uma vez que são altamente vascularizados.

Embora a maioria dos casos não necessite de tratamento, alguns nevos melanocíticos podem evoluir para malignidade, resultando em um melanoma maligno. Caso haja a suspeita de malignização, recomenda-se a ressecção cirúrgica do mesmo. Contudo, o nevo também pode ser removido por motivos estéticos.

A ocorrência de nevo melanocítico congênito é comum, sendo mais frequente os de menor tamanho, numa proporção de 1:100 nascimentos, 1:20000 nascimentos e 500000 nascimentos, dos nevos pequeno (diâmetro menor do que 1,5 cm), grande (diâmetro entre 1,5 a 20 cm) e gigante (diâmetro maior do que 20 cm), respectivamente.

Fontes:
http://www.scielo.br/pdf/abd/v77n6/v77n6a02.pdf
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/nevo_melano.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nevo_melanoc%C3%ADtico_cong%C3%AAnito

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