Síndrome da Ansiedade Esquiva

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A síndrome da ansiedade esquiva, também conhecida como transtorno da ansiedade esquiva, ou ainda transtorno da personalidade ansiosa, refere-se a um transtorno de personalidade, que leva os seus portadores a evitar contatos sociais e qualquer situação que possa causar embaraço ou ansiedade.

Indivíduos que apresentam este distúrbio habitualmente se consideram socialmente inaptos ou desagradáveis, procurando evitar a interação social com medo de serem ridicularizados, rejeitados ou humilhados.

Este transtorno costuma ser observado pela primeira vez no início da vida adulta, embora também possa surgir durante a infância. Indivíduos que sofrem de negligência emocional ou rejeição por grupos nesse período, ficam mais susceptíveis a desenvolverem a síndrome da ansiedade esquiva.

Desde o início do século XX, esta síndrome tem sido descrita em diversas fontes, embora não tenha sido chamanda pelo nome atual por algum tempo. No ano de 1926, o psiquiatra suíço Eugen Bleuler discorreu sobre casos de pacientes que apresentavam sinais da síndrome da ansiedade esquiva, no relato intitulado “Demência Precoce: ou o Grupo das Esquizofrenias”.

Não se sabe exatamente qual é a causa deste transtorno. Contudo, a combinação de alguns fatores pode influenciar o surgimento desta síndrome, como fatores genéticos, sociais e psicológicos.

Estima-se que este distúrbio afete entre 0,5 a 1% da população em geral, predominando em aproximadamente 10% dos pacientes psiquiátricos ambulatoriais.

As manifestações clínicas desta síndrome envolvem:

  • Demasiada sensibilidade a críticas e rejeição;
  • Isolamento social auto-imposto;
  • Exacerbada timidez ou ansiedade em situações que envolvem interação social;
  • Evitar contato físico, pois este está associado a um estímulo desagradável ou doloroso;
  • Sentimentos de inadequação;
  • Extrema baixa auto-estima;
  • Auto-aversão;
  • Desconfiança constante das outras pessoas;
  • Distanciamento emocional;
  • Auto-crítica;
  • Sentimento de inferioridade;
  • Agorafobia (em casos mais severos);
  • Uso da fantasia para escapar da realidade.
  • O diagnóstico é feito com base no histórico e manifestações clínicas apresentadas pelo paciente.

O tratamento pode envolver terapia cognitiva, treinamento de habilidades sociais, tratamento de exposição gradual, terapia de grupo e, algumas vezes, tratamento medicamentoso.

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Avoidant_personality_disorder
http://www.anxietyhelp.org/information/avpd_vs_sad.html

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Arquivado em: Psiquiatria, Síndromes
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