Vírus H1N1 - Influenza A

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Os primeiros registros dos vírus influenza aconteceram por volta do século V. Milhares de anos mais tarde, em 1918 uma pandemia aconteceu, a pior da história já registrada. Essa ficou conhecida como gripe espanhola (registros de até 50 milhões de mortes, a maioria na Espanha). Durante o período de gripe espanhola, foi identificado que os suínos tinham forma clínica semelhante aos humanos, os vírus influenza haviam se instalado nos suínos e nos humanos ao mesmo tempo. Os organismos humanos e dos suínos adquiriram imunidade e ambos naturalmente conseguiram eliminar os vírus. Nós sabemos hoje que os vírus influenza são mutantes e extremamente adaptáveis, então qualquer que seja a imunidade adquirida em algum momento, ela não duraria sempre.

Em 2009, uma forte infecção respiratória foi detectada no México, ao mesmo tempo alguns casos foram notificados nos Estados Unidos. Foi concluído que era um novo vírus proveniente dos suínos, este ficou conhecido como influenza A (H1N1). Em apenas dois meses o vírus havia se espalhado por cinco continentes, atingindo o status de pandemia de nível 6. Esse novo vírus ficou conhecido popularmente como gripe suína, ele continha propriedades moleculares dos influenzas humano, suíno e aviário e apenas em 2009, seu primeiro ano, foram registrados 162.380 casos e 1.154 óbitos.

Transmissão e grupos de risco

O contágio acontece de pessoa para pessoa, como nas gripes comuns, através de tosses, espirros, materiais compartilhados, ambientes fechados. Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus um dia antes e até sete dias após o inicio dos sintomas.

Todas as pessoas estão sujeitas ao vírus, porém existem as pessoas mais propensas. Entre elas:

  • Idosos
  • Doentes crônicos
  • Crianças

Profilaxia

Como o vírus é transmitido de maneira muito parecida com as gripes comuns, o Ministério da Saúde fez algumas indicações: evitar locais aglomerados por pessoas; fazer sempre a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel; evitar aglomeração de objetos pessoas, como toalhas de banho, talheres e copos; descarte de material hospitalar devidamente organizado; uso de máscaras apenas para pessoas infectadas pelo vírus; somente ingerir carne de porco se for devidamente cozida há 71º Celsius.

Vacina

As vacinas contra a influenza A, funcionam como forma de profilaxia, dentre as vacinas disponíveis existem as possibilidades das vacinas trivalente ou tetravalente, e mais recentemente um novo medicamento chamado Tamiflu. O medicamento Tamiflu tem apresentado uma eficácia maior que as vacinas tri e tetravalente. No inicio do ano de 2016, após os surtos de influenza A, o Ministério da Saúde organizou uma campanha para vacinação de até 50 milhões de pessoas, usando o medicamento Tamiflu como protagonista das ações realizadas.

Sintomas

Muitos aspectos da influenza A lembram a gripe comum, mas quando pensamos em sintomas, o quadro muda significativamente, entre os sintomas apresentados estão:

Infecção aguda das vias aéreas com quadro febril; calafrios; mal-estar; cefaleia; mialgia; dor de garganta; artralgia; prostração; rinorreia; tosse seca; diarreia; vômito; fadiga; hiperemia conjuntival; pneumonia; sinusite; desidratação; asma.

Diagnóstico

A única forma de confirmar a infecção do vírus é através de exames laboratoriais. Os exames que comprovam a infecção pelo vírus são a cultura viral e o real-PCR, além deles, uma outra tentativa pode ser feita, através de testes rápidos para vírus respiratórios humanos, mas não é 100% efetiva.

Tratamento

Os tratamentos variam entre pacientes com fatores de risco para complicação e sem fatores de risco para complicação. Em ambos os casos os pacientes devem seguir o tratamento utilizando medicamentos sintomáticos, antitérmicos e manter boa hidratação oral. Porém, no caso de pacientes com fatores de risco para complicação, é indicado o medicamento Tamiflu e a internação hospitalar.

Pandemias

Uma pandemia é uma epidemia que ocorre em escala global, comumente afetando um grande número de pessoas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica em seis fases o processo pelo qual um novo vírus da gripe surge até se tornar uma pandemia. A classificação inicia-se geralmente com poucos animais infectados, e termina quando o vírus atinge uma escala global e fora de controle.

Uma doença não é necessariamente uma pandemia, o fato de se difundir ou matar muitas pessoas não define uma pandemia, ela também deve ser infecciosa. Por exemplo, o câncer é responsável por muitas mortes, mas não é considerada uma pandemia porque a doença não é contagiosa.

Referências:
Protocolo de Tratamento de Influenza. Brasilia/DF Ed. Ministério da Saúde, 2010.

http://fpslivroaberto.blogspot.com.br/2009/08/influenza-h1n1-e-gripe-suina.html
http://drauziovarella.com.br/letras/g/gripe-h1n1/
http://www.sbp.com.br/PDFs/conseso_influenza.pdf http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1874/diagnostico_laboratorial_de_influenza_a_h1n1_livre.htm
https://en.wikipedia.org/wiki/Pandemic

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