Design ecológico

Mestre em Ecologia (UERJ, 2016)
Graduada em Ciências Biológicas (UFF, 2013)

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O conceito de design ecológico (design verde, eco friendly design ou ecodesign) originou-se no início dos anos 1990 nos Estados Unidos com o objetivo de desenvolver uma base de conhecimentos em projetos nas indústrias voltados para a proteção do meio ambiente. O Ministério do Meio Ambiente define ecodesign como todo o processo que contempla os aspectos ambientais onde o objetivo principal é projetar ambientes, desenvolver produtos e executar serviços que de alguma maneira irão reduzir o uso dos recursos não renováveis ou ainda minimizar o impacto ambiental dos mesmos durante seu ciclo de vida. Isto significa reduzir a geração de resíduo e economizar custos de disposição final.

O design ecológico nada mais é que uma ferramenta de gestão ambiental centrada na fase de concepção dos produtos e dos seus respectivos processos de produção, distribuição e utilização. Segundo Vilaça (2010), o ecodesign tende a minimizar o impacto ambiental, reduzir custos de produção e possibilitar as empresas um diferencial competitivo dentro de um mercado que a cada dia dá maior ênfase ao desenvolvimento sustentável, assumindo assim um papel fundamental no contexto mundial, visto que a capacidade de se extrair matérias primas da natureza vem se esgotando em um ritmo acelerado. Assim, a utilização de técnicas de desenvolvimento de produtos deve conter em sua base itens que possibilitem a geração de produtos com vistas ao design verde, garantindo, então, o mínimo de impacto ambiental.

O aumento de um mercado consumidor mais consciente e responsável ambientalmente também contribui para que cada vez mais empresas busquem em seus processos produtivos a execução de técnicas mais ecoeficientes, uma vez que esta prática agrega valor à empresa aos olhos do consumidor. Esta busca por processos industriais que visam à sustentabilidade dos produtos desenvolvidos além de atender a demanda do mercado consumidor também frisa atender a uma legislação ambiental cada vez mais rigorosa. A adoção do pensamento ecológico e sua implementação dentro das empresas também eleva a competitividade, dos produtos desenvolvidos ou serviços oferecidos por determinada empresa, frente aos concorrentes no mercado nacional e internacional.

Como o design ecológico busca descobrir inovações em produtos que resultarão na redução da poluição e resíduos em todos os estágios do ciclo de vida, além de satisfazer outros objetivos de custo e desempenho, ele não deve ser praticado isoladamente. Para que ocorra esta integração no processo de desenvolvimento de novos produtos, são necessários alguns elementos como: medidas de ecoeficiência (a escolha das medidas ambientais é de extrema importância para estipular parâmetros quantitativos que servirão de controle para o perfeito atendimento dos objetivos ambientais propostos), práticas de projetos ecoeficientes (que procuram alcançar as metas ambientais propostas) e métodos de análise de ecoeficiência (são necessários métodos que analisem o grau de melhoramento esperado com o novo projeto, com relação às medidas de eficiência de interesse).

Referências Bibliográficas:

Alves, Isabel J. B. R. & Freitas, Lúcia S. Análise comparativa das ferramentas de gestão ambiental: produção mais limpa x ecodesign. In: Lira, W. S. & Cândido, G. A.,(Orgs.) Gestão sustentável dos recursos naturais: uma abordagem participativa [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2013: 193-212 p. ISBN 9788578792824. Available from SciELO Books http://books.scielo.org

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Ecodesign. < http://www.mma.gov.br/destaques/item/7654-ecodesign>

Vilaça, Paula C. 2010. Technology roadmapping (Trm) no contexto do ecodesign: um estudo de caso da madeira plástica. XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a 15 de outubro de 2010.

Silva Júnior, Anderson M. da & Lima, Sandovânio F. de. 2015. Ecodesign e análise do ciclo de vida: futuro sustentável. Ciências exatas e tecnológicas, Maceió, v. 2, n.3: 47-62 p. <periodicos.set.edu.br>

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