Previsão de terremotos

Mestre em Educação, Comunicação e Tecnologia (UDESC, 2016)
Graduada em Geografia (UDESC, 2014)

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Apesar das inúmeras pesquisas realizadas na busca de prever terremotos, cientificamente ainda não foi possível desenvolver um método seguro para fazer previsão dos abalos sísmicos, mesmo que alguns pesquisadores tenham anunciado possíveis formas, nenhuma se confirmou na prática.

A maioria dos terremotos é causada por movimentos abruptos e choques subterrâneos de placas tectônicas, gerando episódios de liberação de energia mecânica acumulada nas placas tectônicas, acarretando tremores bruscos na superfície da Terra. Em outras palavras, essa deformação plástica nas fraturas das placas é chamada de falha. Essas falhas são geradas através do acúmulo lento de tensões na crosta, e acontece em toda extensão do limite de placas. Portanto, as dificuldades de se prever um terremoto leva em consideração a escala de tempo desses tensionamentos (milhares de anos), e o tamanho das áreas. Como o limite de placas é gigantesco (chegando do extremo de um hemisfério a outro) e ocorrem há milhares de anos, conseguir apontar o local e quantificar que lá está ocorrendo maior esforço, é impossível.

Por conta das dificuldades, todos os avanços na área estão concentrados no monitoramento de terremotos e não nas previsões. Apesar dos sismogramas e de alguns trabalhos com equipamentos de GPS de alta precisão que conseguem ver os deslocamentos de placas, é difícil avaliar onde acontecerá uma ruptura. Os estudos também têm procurado monitorar as fendas, mas não existe previsão de um equipamento que aponte onde os tremores vão acontecer. Nós apenas conseguimos analisar e monitorar uma pequena casquinha da superfície da Terra (litosfera), mas em abaixo dela as coisas ficam muito mais difíceis de prever. No entanto, países que concentram-se nas áreas de risco de terremotos realizam estruturas para lhe dar com essas questões.

Os tsunamis são resultados de eventos geológicos causados por sismos (terremotos), e também altamente destrutivos de acordo com sua intensidade. Eles podem ser previstos de forma rápida e eficiente com a ajuda dos sismógrafos. Quando ocorre terremoto, é possível rapidamente definir o epicentro deste tremor, que é a projeção dele na superfície. Com essas informações, mais a intensidade, é possível fazer a modelagem com que essa onda vai sair, verificar a sua velocidade e checar em quanto tempo ela vai atingir dadas localidades.

Em conclusão, analisar a deformação das rochas até atingir o limite de resistência são relativamente bem conhecidas. Assim, haveria duas maneiras de prever terremotos, mas que ainda não são viáveis: as medidas diretas de tensões crustais e observações de alguns fenômenos que indicam a iminência de uma ruptura da crosta. Embora seja possível medir tensões crustais, há problemas a serem superados: seria necessário medir as tensões em profundidades de dezenas de quilômetros, em grandes áreas e com precisão ainda não conhecida. A segunda seria a alteração comportamental de alguns fatores da natureza de forma associadas que descreveriam a iminência de um terremoto: poços e lagoas borbulham; fortes odores; animais apresentam comportamentos estranhos: cães domésticos uivam muito, muitos animais entram em pânico, ratos e cobras abandonam suas tocas e até os peixes nos lagos se comportam de uma maneira agitada. E uma terceira hipótese foi analisada pelo brasileiro Aroldo Maciel Máximo (não é cientista, mas pesquisador amador), que traçou um padrão entre os tremores de maior intensidade no período de dez anos, padrão que não foi considerado cientificamente. Portanto, os fatores mostrados são apenas hipóteses que não foram confirmadas e nem viáveis.

Referencial Bibliográfico:

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2017/05/1887898-cacador-de-terremotos-amador-ganha-fama-no-exterior-e-incomoda-cientistas.shtml. Acesso em: dezembro de 2017.

https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/e-possivel-prever-terremotos,5618c087e60ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html. Acesso em: dezembro de 2017.

Arquivado em: Geologia
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