Império Chinês

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Durante o período imperial a China era predominantemente agrária, situação que perdurou até a Revolução de 1949. Contudo, na China não se instalou o sistema feudal (feudalismo) tal qual aconteceu na Europa. Os imperadores tinham controle sobre o país através de uma classe de funcionários recrutados por um sistema burocrático chamado de “sistema de exames”. A economia era baseada na agricultura, e a sociedade era dividida em uma pequena porção de proprietários de terras e uma grande porção de camponeses.

A última fase do sistema imperial foi marcada pela Dinastia Manchu, que foi de 1644 a 1911, neste período, o poder estava totalmente concentrado nas mãos dos imperadores que se sucederam no trono.

Os proprietários de terras constituíam uma classe social, e eram formados por clãs ou famílias, que detinham as terras para acumular bens e aumentar a fortuna familiar. Junto a isso havia também o interesse de que um dos membros da família assumisse algum cargo oficial junto ao Império, o que ganhassem por meio deste cargo era investido em mais terras. Só eram admitidos nos cargos oficiais aqueles que tivessem uma boa educação, fato que diminuía ou quase anulava a possibilidade de um camponês assumir estes cargos, embora na teoria isto fosse possível.

Dentre estes funcionários, havia os mandarins que eram os “intelectuais” com formação acadêmica, que eram distinguidos dos demais funcionários. Outro fator de distinção entre eles era a posse de terras: aqueles que possuíssem terras dominavam a mão-de-obra camponesa e assumiam os cargos oficiais mais importantes, ou seja, aqueles que diziam respeito ao controle de terras. Os proprietários de terras dependiam da autorização do Império para realizarem obras, sistemas de irrigação ou construções em suas terras, que ajudassem nas colheitas.

O sistema imperial entrou em colapso no século 18 através da pressão que a grande massa de camponeses fez sobre as terras cultiváveis, que neste período estavam em 80% pertencentes aos senhores fundiários e apenas em 20% na posse dos camponeses.

No final do século 18 a industria e o comércio começaram a avançar, mesmo com a resistência do Império, pois havia a pressão interna, dos camponeses, e a pressão externa por parte dos países europeus que tinham interesses militares e comerciais na China. Surgiram então os núcleos urbanos e a burguesia comercial, juntamente com um processo de modernização do país. Em consequência disso, houve uma oposição à centralização do poder político e ao sistema imperial.

Tentando inutilmente resistir às forças internas e externas, as rebeliões e aos movimentos anarquistas, a Dinastia Manchu teve que tentar concentrar recursos materiais e desalojar a pequena classe privilegiada formada por burocratas e senhores fundiários.

Devido aos conflitos das forças internas do país, deu-se início a um período de anarquia, que teve como resultado a mudança do sistema político de Império para República.

Fonte:
http://educacao.uol.com.br/historia/china-imperial-1.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/china-imperial-2.jhtm

Arquivado em: China, História da Ásia
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