Internet em Cuba

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A internet em Cuba é conhecida por ser uma das mais controladas e restritas do mundo. No país, há um ínfimo número de conexões, banda limitada e censura do conteúdo da rede por parte do governo. No ano de 2012, por exemplo, a internet cubana apresentou o índice de 25,6% de presença no que se refere a todo o território da ilha. Para entender este fenômeno é necessário retornar à década de 1990, quando a lei de embargo dos Estados Unidos a Cuba  estendeu-se às conexões online e as deixaram estagnadas.

A primeira conexão de internet em Cuba tinha velocidade de 64kbit/s e foi estabelecida no mês de setembro de 1996. Além do embargo dos EUA, que dificultou a instalação de cabos submarinos e encareceu os preços de roteadores e computadores, as principais razões para a estagnação da rede em Cuba são as seguintes:

  • Péssimo estado da economia de Cuba após a crise e derrocada da União Soviética.
  • Hostilidade governamental do país em relação aos investimentos de outras nações.
  • Receio do governo a respeito da livre circulação de informações na rede mundial.
  • Risco de colocar a estabilidade política em risco, um mal necessário para conseguir os benefícios da internet.

Segundo informações do vice-ministro do setor de Informática e Comunicações de Cuba, Boris Moreno Cordovés, a Lei Torricelli, que mantém o isolamento econômico, político e social da ilha, categorizou a internet como uma ferramenta que poderia subverter os valores disseminados na revolução de 59. Ainda segundo Cordovés, da mesma forma que a tecnologia é colocada como um instrumento contrário ao regime cubano, ela é essencial para o desenvolvimento da nação.

A partir do final da primeira década do século XXI, a situação da internet em Cuba passa por um lento processo de mudanças. Naquele período, regulamentos dos EUA sofreram alterações com o objetivo de incentivar a conexão virtual entre o país e a ilha. Uma medida importante foi tomada no ano de 2009, quando o presidente dos Estados Unidos Barack Obama permitiu que companhias norteamericanas atuassem no fornecimento de serviços de internet para o mercado cubano. Apesar disso, o governo de Cuba refutou as propostas e começou a se relacionar com empresas venezuelanas do setor.

De acordo com reportagem do portal de notícias G1, em matéria publicada no dia 4 de junho de 2013, foram abertas 118 salas de navegação em todo o território cubano, dando a possibilidade para que os cidadãos se conectassem à internet. Porém, com preços caros demais, a utilização do serviço acabou ficando bastante limitada para os habitantes da ilha.

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Internet_in_Cuba
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1239270-as-tramas-da-rede-cubana-como-funciona-a-internet-off-line-na-ilha.shtml
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/06/cubanos-estreiam-salas-de-acesso-internet-mas-reclamam-do-preco.html
http://www.prensalatina.com.br/Dossiers/abcbloqueoPT/paginas/hiper1.htm

Arquivado em: Cuba, Internet
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