Elefante asiático

Graduação em Ciências Biológicas (Unicamp, 2012)
Mestrado Profissional em Conservação da Fauna Silvestre (UFSCar e Fundação Parque Zoológico de São Paulo, 2015).

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Os elefantes são um grupo de mamíferos da ordem Proboscidea e da família Elephantidae. Os proboscídeos representam uma família gigante de herbívoros que surgiu no período Terciário. Os primeiros não eram tão grandes e não tinham as mesmas estruturas de tromba e presas. Atualmente, existem três espécies vivas de elefantes, duas são de Elefante africano - Loxodonta africana e Loxodonta cyclotis e uma de Elefante asiático (Elephas maximus).

O elefante asiático, hoje está distribuído em apenas 5% do território original, em fragmentos descontínuos, na Índia e sudeste da Ásia. Vivem em regiões florestais, pradarias, florestas úmidas, arbustivas, ou seja, em uma variedade de habitats, até 3000 m de altitude.

Características

Os elefantes asiáticos são herbívoros, nômades e passam até 18 horas por dia forrageando. Precisam ingerir, pelo menos, 10% da sua massa corporal, diariamente. Os machos são muito maiores que as fêmeas, podendo pesar até 6 toneladas e medir 3 metros de altura, enquanto elas chegam a 3,5 toneladas e 2,4 m de altura. Apenas os machos possuem as presas, que são os segundos dentes incisivos alongados para cima.

Elefante asiático. Foto: Andaman / Shutterstock.com

Diferenças entre elefantes africanos e asiáticos: enquanto o asiático possui uma estrutura, que parece um dedo, na ponta da tromba, o elefante africano possui duas dessas estruturas. Os africanos são maiores, com o dorso menos arqueado, possuem apenas três unhas na pata traseira, enquanto Elephas possuem quatro unhas.

Existem 3 subespécies de Elephas maximus:

  • Elephas maximus indicus: Encontrado na Índia e Península de Manacá, é a subespécie mais abundante.
  • Elephas maximus maxiumus: Quase 90% da população de machos não possuem as presas, são endêmicos do Sri Lanka e às vezes ultrapassam os 3 metros de altura, o que os tornam a maior subespécie.
  • Elephas maximus sumatrensis: É a espécie de menor tamanho, alcançando no máximo, 2,3 m de altura. São endêmicos da Sumatra.

Elefante asiático da subespécie Elephas maximus indicus. Foto: Vladimir Wrangel / Shutterstock.com

Reprodução

A fêmea fica no cio por 3 a 7 dias e usam sinais químicos, auditivos e visuais para mostrar aos machos que está no cio. Os machos disputam entre si, mas é a fêmea quem selecionará o macho mais forte e apto para acasalar. Os machos passam a reproduzir substâncias em suas glândulas, no período reprodutivo, que ele usa para marcar território e competir. Neste período a testosterona está elevada e eles se tornam mais agressivos. Os machos que estão produzindo essa substância, atraem mais as fêmeas, que os escolhem, mostrando que essa produção nas suas glândulas é importante na seleção sexual destes elefantes. Os mais novos não produzem ainda, ou produzem pouco e vai aumentando conforme ficam mais velhos. Uma fêmea reproduz a cada 4 ou 5 anos, sendo que sua gestação dura de 18 a 23 semanas e tem um filhote, por vez. Gêmeos são raros. Os filhotes nascem com 100 kg e mamam constantemente até os 2 anos, mas só param de mamar com 4 anos de idade e se tornam independentes até os 5 anos. A maturidade sexual das fêmeas e machos é atingida entre 10 e 15 anos, quando estão bem nutridos. Mas as fêmeas optam por acasalar com os mais fortes, que geralmente são os mais velhos, acima de 20 anos de idade. Podem viver 70 anos em vida livre e mais de 80 em cativeiro.

É uma espécie social, na qual as fêmeas quem cuidam dos filhotes, formando grupos de mais de 20 indivíduos aparentados, que se ajudam entre si, na criação dos jovens, os quais aprendem todos os comportamentos com as mais velhas. Os machos jovens se separam e passam a viver em algum grupo com outros machos, até que alcancem a idade reprodutiva e se tornam solitários.

Ameaças

Elephas maximus está em perigo de extinção, segundo a lista vermelha da IUCN, mas o de Sumatra aparece como criticamente ameaçado. As maiores ameaças são a fragmentação e perda de habitat, conflitos com humanos e caça. A busca pelo marfim dizima populações de elefantes. Iniciativas de conservação e conscientização à população devem ser tomadas para que se proteja as populações restantes.

Referências:

https://animaldiversity.org/accounts/Elephas_maximus/

https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Asian_elephant&oldid=824930475

https://animaldiversity.org/accounts/Proboscidea/

Arquivado em: Mamíferos
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