Esofagostomíase

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A esofagostomíase é uma parasitose que afeta os animais, que tem como agente etiológico parasitas pertencentes ao gênero Oesophagostomum. Nos casos dos ruminantes, as espécies patogênicas são O. columbianumO. radiatum, enquanto que nos suínos, a espécie patogênica é a O. dentatum.

Oesophagostomum spp.

Este verme causa nódulos mineralizados subserosos que são característicos da afecção. Normalmente, esses nódulos não apresentam significado clínico, mas deixam o intestino em condições inadequadas para uso na fabricação de lingüiça e salsicha. Ocasionalmente, são associados como causa de intussuscepções (invaginação de um segmento do intestino).

As larvas de terceiro estádio são ingeridas, penetram profundamente na parede do intestino delgado, encistam-se e passam por muda, alcançando o quarto estádio evolutivo, o qual sofre maturação no cólon. Estas podem encistar-se na parede do cólon e originar nódulos subserosos mineralizados, apresentando de 0,5 a 1,5 cm de diâmetro, no número de 50 a 100, ou então, maturar para vermes adultos.

A doença é mais intensa em animais nutricionalmente debilitados. A maior parte das infecções é assintomática; todavia, nos bovinos, o O. radiatum pode produzir inapetência, hipoproteinemia resultante dos danos ocorridos nas junções adesivas dos enterócitos (células do intestino) e anemia e hemorragia, em consequência da coagulopatia de consumo induzida pelos parasitas. Nódulos também podem se formar, bem como nas ovelhas. Em suínos, habitualmente esta é uma doença assintomática, embora possa haver desenvolvimento inadequado e inapetência secundariamente à tiflocolite (inflamação do ceco e do cólon).

Quando observados à microscopia, esses nódulos apresentam-se como fragmentos de parasitas e material necrótico caseoso centralmente, eosinofílico e reação granulomatosa em sua periferia, além de apresentar células gigantes do tipo Langhans.

Fontes:
Bases da Patologia em Veterinária – M. Donald McGavin e James F. Zachary. Editora Elsevier, ed. 4°, 2009.
https://web.archive.org/web/20090823145942/http://www.ufsm.br:80/lpv/aulas/claudio/ptg1001digestorio_poli.pdf
Foto: http://www.rvc.ac.uk/review/parasitology/pigL3/Oesophagostomum.htm

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