Oxigenoterapia

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A oxigenoterapia refere-se à administração de oxigênio suplementar, com o objetivo de aumentar ou manter a saturação de oxigênio acima de 90%, corrigindo assim os danos causados pela hipoxemia.

Esta técnica possui como principal objetivo aumentar o nível de oxigênio que é trocado entre o sangue e os tecidos.

Devem ser realizados certos parâmetros utilizados para estudar o grau de oxigenação sanguínea. Dentre esses parâmetros encontram-se:

  • Pressão arterial de oxigênio (PaO2), que geralmente encontra-se entre 90 a 100mmHg, medida que indica a quantidade de oxigênio dissolvido no plasma sanguíneo e, desta forma, valores que estão abaixo dessa faixa indicam trocas gasosas ineficientes;
  • A saturação da oxiemoglobina arterial (SatO2) também é outro importante parâmetro à ser analisado, uma vez que os seus valores são proporcionais à quantidade de oxigênio transportado pela hemoglobina. Seu valor normal é igual ou superior a 97%, podendo ser monitorado de duas formas distintas: oximetria de pulso ou coleta de sangue arterial;
  • Saturação venosa de oxigênio (SvO2);
  • Pressão de oxigênio venoso misto (PvO2);
  • Conteúdo do oxigênio arterial (CaO2);
  • Liberação sistêmica de oxigênio (PO2).

De acordo com a “American Association for Respiratory Care (AARC)”, a oxigenoterapia é indicada nos seguintes casos:

  • PaO2 abaixo de 60mmHg ou SatO2 abaixo de 90mmHg, quando em ar ambiente;
  • SatO2 abaixo de 88mmHg durante a deambulação, exercícios físico ou sono em indivíduos portadores de patologias cardiorrespiratórias;
  • Intoxicação por monóxido de carbono;
  • Envenenamento por cianeto;
  • Infarto agudo do miocárdio (IAM).

Os sistemas abertos de oxigenoterapia, ou seja, aqueles nos quais não há reinalação do gás expirado são de dois tipos: sistemas de baixo e de alto fluxo.

Os sistemas de baixo fluxo fornecem ao indivíduo oxigênio num fluxo abaixo da demanda do paciente, com a concentração variando entre 24 a 90%, fornecido por meio de cateter que pode ser do tipo nasal, faríngeo ou transtraqueal, máscara simples ou máscara com reservatório de oxigênio. O paciente deve apresentar ritmo respiratório regular, com volume corrente superior a 5ml/kg e frequência respiratório inferior a 25 incursões/min.

Já nos sistemas de alto fluxo, o fluxo total de gás fornecido ao equipamento consiste em fluxos igual ou superior ao fluxo inspiratório máximo do indivíduo. É fornecido por meio do mecanismo Venturi, com base no princípio de Bernoculli, que aspira o ar do ambiente, misturando-o com o fluxo de oxigênio, como, por exemplo, os geradores de fluxo e a máscara de arrastamento de ar.

Dependendo da dose e do tempo de exposição ao oxigênio, este último pode ser tóxico ao organismo, afetando especialmente os pulmões e sistema nervoso central. Dentre as manifestações neurológicas estão os tremores, as contrações e as convulsões. Com relação às manifestações respiratórias podem ser observadas tosse seca, traqueobronquite, dor torácica, dentre outras. Além disso, também pode haver náuseas, vômitos, parestesia de extremidades e astenia.

Fontes:
http://pneumologia.facafisioterapia.net/2009/11/oxigenoterapia.html
http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/Oxig%C3%AAnio%20e%20ventila%C3%A7%C3%A3o%20n%C3%A3o%20invasiva.pdf

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