O que os jovens brasileiros esperam das universidades?

06/12/2016 - 15h39 - Por Thaís Ferraz

Ainda existe um caminho a ser trilhado pelas instituições para que possam atender aos anseios de seus estudantes e aos interesses do mercado de trabalho. 

Texto: Vianews Hotwire

Uma pesquisa encomendada pela Instructure, empresa de tecnologia de software como serviço (SaaS) que desenvolve o ambiente virtual de aprendizagem LMS Canvas, revela que as universidades e escolas no Brasil precisam se adaptar para irem ao encontro dos desejos e anseios dos estudantes no que se refere à forma de ensinar, à escolha dos conteúdos e à maneira como preparam os futuros profissionais para o mercado de trabalho.  Ao todo, 1006 estudantes secundaristas e universitários das cinco regiões brasileiras, com idade a partir de 15 anos, foram ouvidos nessa amostragem de setembro de 2016, com foco na realidade do ensino no país.

O Brasil de muitos contrastes traz realidades distintas para os jovens e, muitas vezes, os estudantes precisam ponderar sobre a relação custo-benefício do curso superior escolhido. Ao avaliar o custo de frequentar uma faculdade, 45% dos universitários entrevistados acreditam que as instituições devem propiciar as ferramentas que os ajudem a aprender no seu próprio jeito e estilo. Cerca de um terço (30%) dos estudantes secundaristas compartilham esse pensamento.

Quando perguntados se estariam abertos a experimentar novas metodologias de ensino, intermediadas pela tecnologia, 43% dos estudantes universitários, ante 41% dos secundaristas, estariam dispostos a pagar um adicional por cursos que tragam uma experiência de aprendizagem híbrida (blended learning), com aulas presenciais e recursos de ensino online.

Futuro profissional - Ainda relacionado aos investimentos necessários para cursar uma universidade, os jovens ouvidos pela Instrucuture no Brasil revelam a preocupação com o futuro e a qualificação necessária para o mercado de trabalho. Para 40% dos universitários e 43% dos alunos no Ensino Médio, os cursos superiores precisam trazer conteúdos relevantes para as necessidades dos empregadores. Essa inquietação está em concordância com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, que constatou que 53% dos brasileiros graduados no ensino superior trabalham em áreas diferentes da profissão que desejavam quando estudantes. 

A importância atribuída à prática da profissão fica ainda mais evidente com a disposição demonstrada por 37% dos estudantes já matriculados no Ensino Superior, de pagarem um adicional para terem a certeza de que os conteúdos dos cursos sejam adaptados ao que buscam as empresas. Uma parcela de 21% dos universitários e secundaristas (ou seja, mais de um entre cinco respondentes) acredita que as universidades estão defasadas em entregar aquilo que os estudantes desejam e o que os empregadores esperam. O que na opinião deles deveria mudar, idealmente sem gerar custo adicional para os alunos. 

A importância do estilo de aprendizagem - No momento de escolher uma universidade, 49% dos estudantes que já estão no curso superior (ante 59% dos secundaristas) levaram em consideração o estilo de aprendizagem ofertado pela instituição. A reputação dos docentes e o nível dos seus conhecimentos também foram determinantes para 62% dos universitários. Entre os secundaristas, que ainda estão para ingressar no ensino superior, 44% disseram considerar a qualidade dos professores na decisão pela escolha da universidade. 

 “O fato de muitos alunos estarem dispostos a investirem mais para ter a oportunidade de vivenciar uma aprendizagem híbrida e que melhor atenda às necessidades do mercado empregador comprova que os estudantes sabem o que desejam, e as universidades que se adaptam a esses anseios são mais atrativas para o ingresso e a retenção dos estudantes”, conclui Lars Janér, diretor para a América Latina da Instructure.

Atualmente 7,8 milhões de alunos estão matriculados no ensino superior no Brasil, sendo que 83% frequentam cursos presenciais e 17% optaram pelos cursos de educação à distância, de acordo com dados da sexta edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, do SEMESP – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior. Esse montante envolve um universo de jovens e adultos que priorizam estratégias diferentes de aprendizagem e que os preparem adequadamente para vida profissional.

Sobre a Instructure

A Instructure, Inc é uma empresa de tecnologia de software como serviço (SaaS) que desenvolve soluções que tornam as pessoas mais inteligentes. Com a visão de ampliar o potencial das pessoas por meio da tecnologia, a Instructure criou Canvas e Bridge, que permitem às organizações em todos os lugares facilmente desenvolver, entregar e gerenciar experiências de aprendizagem online ou presencial.

Atualmente, a Instructure já conecta milhões de professores e alunos em mais de 2.000 instituições de ensino e empresas em todo o mundo. Saiba mais sobre o software Canvas e suas versões para o ensino superior (higher ed), fundamental e médio (K-12) emwww.canvaslms.com/brasil e www.instructure.com.

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