Gado Piemontês

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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Esta raça de gado tem sua origem no noroeste da Itália, nas regiões alpinas, conhecida como Piemonte. No Brasil, foi introduzida no estado de São Paulo no ano de 1974. Em 1990 constituía um rebanho mais significativo em número.

Gado Piemontês. Foto: francesco de marco / Shutterstock.com

Características raciais

A raça de gado Piemontês é de grande porte. A pelagem possui coloração branca com tendência para cinza; nos recém-nascidos é um pouco mais avermelhada e torna-se definitivamente branca à medida que o animal cresce. Os pelos são finos, curtos e sedosos; as mucosas, a vassoura da cauda e os cascos são pretos, a pele é fina, macia, flexível e pregueada.

A cabeça é pequena, curta e o perfil é reto; as orelhas são pequenas, finas e com poucos pêlos; os olhos são vivos, mas não salientes; os chifres são curtos, grossos e dirigidos para frente, sendo que no Brasil se realizada descorna tanto nos machos como nas fêmeas.

O pescoço é musculoso, curto e bem implantado, com a barbela discretamente desenvolvida, chegando até o externo.

O corpo é amplo e comprido; o tronco é cilíndrico, profundo, longo e com boa cobertura muscular; as espáduas são fortes e mais altas do que o dorso; as costelas são longas, arqueadas e afastadas entre si; a giba é pequena e localiza-se sobre a cernelha; o dorso é largo e com boa cobertura muscular; a garupa é uniformemente larga, com ossos ligeiramente salientes em relação à linha dorso-lombar; as coxas e nádegas são muito desenvolvidas, formando a chamada “dupla-coxa”; a cauda se insere de forma harmoniosa e possui comprimento na altura dos jarretes; os membros são curtos, fortes, com bons aprumos, bem musculosos de ossatura bastante sólida; o umbigo é curto e o úbere discretamente volumoso na vaca adulta em lactação, com tetos desenvolvidos e bem distribuídos.

Aptidão

O Piemontês chegou a ser considerado um animal com três aptidões (produção de carne, de leite e de trabalho). Há algumas décadas, o objetivo da seleção deste animal foi dirigido para a produção de carne, mas combinada também com uma relativa produção leiteira. Como animal de corte, deu-se muita importância à sua característica mais notável, que é a chamada “dupla-coxa” ou musculatura dupla que ocorre como resultado de uma hipertrofia dos músculos das nádegas. Isto resulta da seleção persistente e rigorosa para a produção de carne.

O rendimento de carcaça é notável. Segundo a Associação Italiana da Raça (ANABORATI), o rendimento de carcaça dos animais puros chega a 70%; no Brasil o rendimento chega a 57-60%. A precocidade reprodutiva é muito alta, tanto nos machos, quanto nas fêmeas, sendo que na Itália coleta-se sêmen dos touros aos 15 a 18 meses de idade; a fêmea já é coberta pela primeira vez aos 14 a 16 meses de vida.

Adaptação

O Piemontês tem boa adaptação ao clima tropical em regime de pasto no Brasil. No entanto, sofre com os ecto e endoparasitas.

Fontes:
https://web.archive.org/web/20160525141449/http://www.dzo.ufla.br:80/ca/informacoes/Bovinos/PIEMONTES.htm
https://web.archive.org/web/20101224001553/http://www.cnpc.org.br/news1.php?ID=604
https://web.archive.org/web/20090508071409/http://www.argen.com.br:80/historiaracas.asp?raca=13
https://web.archive.org/web/20100107065319/http://www.agrov.com:80/animais/bovinos/piemontes.htm

Arquivado em: Mamíferos, Pecuária
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