Mapas Conceituais no Processo de Ensino-Aprendizagem: aspectos teóricos

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

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O presente texto apresenta a concepção de Aprendizagem Significativa na perspectiva da Psicologia Cognitiva de Ausubel, utilizando ferramentas educacionais, como Mapa Conceitual (MC), segundo as proposições de Novak & Gowin. Logo, os Mapas Conceituais podem ser utilizados como estratégia de estudo e da apresentação de itens curriculares das Ciências da Natureza, e também como instrumento de avaliação da aprendizagem escolar e em pesquisas educacionais.

Mapas Conceituais são estruturas esquemáticas que representam conjuntos de ideias e conceitos dispostos em uma espécie de rede de proposições, de modo a apresentar mais claramente a exposição do conhecimento e organizá-lo segundo a compreensão cognitiva do seu idealizador. Portanto, são representações gráficas, que indicam relações entre palavras e conceitos, desde aqueles mais abrangentes até os menos inclusivos. São utilizados para a facilitação, a ordenação e a sequenciação hierarquizada dos conteúdos a serem abordados, de modo a oferecer estímulos adequados à aprendizagem.

Esta abordagem fundamenta-se à Teoria Construtivista (TC), em que os conceitos são apresentados com o uso dos instrumentos de facilitação à aprendizagem, de modo sistematizado e significativo para o educando. Infere-se que para a área das ciências da natureza, a utilização dos mapas conceituais pode permitir que o processo de ensino-aprendizagem seja mais dinâmico e mais resolutivo na apresentação dos programas curriculares e na formação do conhecimento científico.

O presente tema tem como delineamento a pesquisa bibliográfica sobre a concepção teórica e a técnica da construção dos Mapas Conceituais (MP) desenvolvida pelo pesquisador norte-americano Joseph Novak (1996). Baseando-se na Teoria da Aprendizagem Significativa (AS) de David Ausubel, Novak definiu Mapa Conceitual como uma representação gráfica, em duas dimensões, de determinado conjunto de conceitos, sendo construído de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes.

Segundo Ausubel (2003), na Psicologia Cognitiva (PS) são avaliados os processos de ensino-aprendizagem e as estruturas de cognição dos educandos na assimilação de novos conceitos e proposições e na apreensão de novas ideias e informações, a partir de pontos de ancoragem à construção do conhecimento científico. Segundo esta teoria de aprendizagem, tais pontos de ancoragem podem ser compreendidos como um conhecimento prévia do educando a qualquer nova informação (conhecimento).

Na apresentação dos conteúdos teóricos das Ciências Naturais, determinados aspectos são relevantes, como a entrada (introdução) ao conhecimento científico; os materiais de aprendizagem devem estar organizados de forma lógica; novas ideias e conceitos devem ser potencialmente significativos aos educandos; assim, a fixação dos conceitos nas estruturas cognitivas destes educandos permitirá que estes conhecimentos construídos possam ser retomados.

Leia também:

Referências:                                                                                            
AUSUBEL, D.P. Aquisição e Retenção de Conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2003.
AUSUBEL, D.P., NOVAK, J.D. and HANESIAN, H. Educational Psychology. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1986.
FARIA, de Wilson. Mapas Conceituais: aplicações ao ensino, currículo e avaliação. São Paulo: EPU - Temas Básicos de Educação e Ensino, 1985.
NOVAK, J.D. & GOWIN, D.B. (1996). Aprender a Aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 1986.

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