Teste de Rorschach

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O teste de Rorschach foi desenvolvido pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach. Em 1911 ele iniciou suas investigações sobre a personalidade e em 1917 interessou-se no trabalho de Symon Hens. Hens utilizava 8 cartões com manchas de tinta não colorida na investigação dos conteúdos das respostas de pessoas normais e psicóticas. Foi então que Rorschach criou quinze pranchas coloridas e preto e branco para experimentá-las em seus pacientes, porém por questões econômicas e editoriais suas pranchas foram reduzidas ao numero de dez. Assim, em 1921 com a ajuda de seu amigo Morgenthaler, Rorschach publicou o livro “Psicodiagnóstico”com as conclusões de seus estudos. Logo após a redação de seu trabalho,  Hermann Rorschach vem a falecer e seu trabalho ficou restrito a um pequeno grupo de seguidores, somente após dez anos o “Psicodiagnóstico” começou a se expandir e o teste a ser utilizado em vários países.

Teste de Rorschach. Foto: Photographee.eu / Shutterstock.com

Como dito anteriormente, o teste de Rorschach consiste de 10 pranchas com borrões de tintas coloridas e preto e branco que possuem características específicas quanto a luminosidade, ângulo, proporção, espaço, cor e forma. Essas características contribuem para a rápida associação das imagens mentais que envolvem idéias e afetos, mobilizando a memória de trabalho.

Quanto a aplicação, ela é feita individualmente, em qualquer pessoa que tenha condições de se expressar verbalmente e que tenha acuidade visual, de qualquer idade e nível sócio-econômico. As pranchas são apresentadas uma por uma ao examinando que deve então dizer com o que acredita serem parecidas as manchas. A partir dessas respostas, procura-se obter um quadro amplo da dinâmica psicológica do indivíduo, colocando a prova suas funções psíquicas de percepção, atenção, julgamento crítico, simbolização e linguagem.

Quanto a análise do teste, o avaliador deve decodificar as respostas dadas que são classificadas através de um complexo sistema de códigos sendo que cada resposta é vista sob quatro pontos diferentes:

  • o modo de percepção - se o borrão é visto como um todo ou como partes;
  • a determinante – o aspecto importante do borrão como a forma, a cor, a impressão de movimento e etc;
  • o conteúdo - a figura descrita, se é um ser humano, um animal, uma parte do corpo humano, uma planta e etc.
  • a originalidade ou vulgaridade da resposta - se a resposta é, na população da pessoa que está sendo testada, uma resposta comum ou rara.

Na interpretação desse teste são mostrados resultados quanto a avaliação quantitativa da inteligência; a avaliação qualitativa da inteligência; a avaliação da afetividade; as atitudes gerais como ambição, sentimentos de inferioridade ou superioridade, agressividade, entre outros; o humor; os traços neuróticos e os indícios de um diagnóstico psiquiátrico.

Assim, com base nesses dados o realizador do teste obtém um perfil da personalidade da pessoa testada, porém o teste sozinho não deve oferecer uma base sólida para o diagnóstico. Um ponto também importante para o teste de Rorschach é saber que não existem respostas corretas, pois cada resposta só obtém seu significado quando vista em conjunto, seus significados variam também de acordo com a população do indivíduo testado, que sofre influência da cultura sobre os padrões de percepção e interpretação.

O Rorschach é muito utilizado em diversas atividades assim como entrevista de emprego, na neuropsicologia, em testes vocacionais, em pesquisas antropológicas, na área organizacional, na área jurídica, entre outras. É atraente porque é um teste diferente e interativo, que avalia como a pessoa lida com novas tarefas, levando em consideração a forma como ela é capaz de dar respostas rápidas, bem elaboradas, bem explicadas e com tranqüilidade. A prova também avalia a utilização dos diversos recursos que pode indicar se o profissional é capaz de executar com competência e inteligência suas tarefas.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_Rorschach
http://www.rorschachonline.com/pt/history.aspx

Arquivado em: Psicologia
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