Craqueamento do petróleo

Graduação em Química (Faculdades Anhanguera, 2016)

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O petróleo bruto é extraído de jazidas subterrâneas que estão localizadas na terra ou no mar. É um fluído de coloração variável de amarela a preta, viscoso, composto por uma mistura de hidrocarbonetos e contaminantes diversos. Trata-se de um composto de origem fóssil, que leva milhões de anos para se formar sob temperatura e pressão. Para que sejam produzidos os subprodutos originados a partir deste composto, o fluído viscoso passa por um processo de destilação fracionada em refinarias. Este processo é chamado craqueamento do petróleo.

O petróleo pode ser classificado em leve, médio ou pesado, por meio do grau de densidade API e de acordo com a sua origem e compostos que estão presentes na mistura. O petróleo leve, como o próprio nome diz, contém uma maior fração de produtos leves, como gás natural, naftas e óleo diesel. Já o petróleo pesado possui maior quantidade de compostos pesados, como óleos combustíveis e asfalto. Há processos específicos que ocorrem após a destilação do petróleo bruto que convertem essas frações pesadas em produtos mais leves, como podemos citar o processo de craqueamento catalítico, coqueamento retardado e hidrocraqueamento por exemplo, atenuando a fração pesada, mas não é possível eliminar completamente a formação de compostos pesados, portanto, eles também fazem parte da gama de subprodutos de petróleo. O teor de enxofre no petróleo pode ser classificado como doce ou ácido.

Torres onde ocorre o craqueamento do petróleo em refinarias. Foto: Vacancylizm / Shutterstock.com

Grau de Densidade API

Uma amostra de petróleo pode ser classificada de acordo com o grau de densidade API:

  • Petróleo Leve: acima de 30°API
  • Petróleo Médio: de 21 a 30° API
  • Petróleo Pesado: abaixo de 21° API

Teor de Enxofre

Classifica uma amostra de petróleo bruto em:

  • Petróleo Doce: Teor de enxofre < 0,5% da massa total
  • Petróleo Ácido: Teor de enxofre > 0,5% da massa total

O craqueamento do Petróleo é constituído por diversos processos de beneficiamento, onde é possível obter as frações desejadas, transforma-las, aditiva-las e comercializa-las.

Craqueamento do Petróleo

O primeiro passo para o refino do petróleo é realizar a dessalinização, que visa tratar o composto bruto com o objetivo de remover sais corrosivos, metais e partículas sólidas em suspensão. Em seguida, o petróleo passa pelo processo de destilação atmosférica, que separa as frações mais leves das frações pesadas através da diferença de pontos de ebulição, este processo ocorre em torres de destilação e os produtos obtidos nessa etapa são: Butano e inferiores, Gasolina, Naftas, Querosene, Gasóleo Leve e Pesado e resíduo asfáltico. Em seguida o resíduo passa pela destilação a vácuo em baixas pressões, separando as frações de diesel e gasóleo. O resíduo deste processo é composto pela fração pesada, basicamente hidrocarbonetos de alta massa molecular e impurezas, e esse resíduo será enviado para produção de óleo combustível pesado e asfalto.

Processos de Conversão

Após o refino do petróleo, as frações obtidas são submetidas a processos específicos onde serão transformadas em produtos comercializáveis, recebendo tratamentos adequados e aditivações quando necessário.

Produtos e derivados do Petróleo

Os produtos primários que são obtidos a partir do refino do petróleo são inúmeros, como por exemplo, GLP, Gás Natural, Butanos, Gasolina, Naftas, Querosene, Gasóleo, Óleos lubrificantes, Óleos combustíveis, Betume e Asfalto. A partir desses produtos podemos obter uma gama infinita de outros produtos que são feitos utilizando os mesmos como matéria prima, como por exemplo, a ampla gama de plásticos que temos no mercado, polietilenos, polipropilenos, poliamidas, etc.

Referências:

http://www.nupeg.ufrn.br/downloads/deq0370/curso_refino_ufrn-final_1.pdf

http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/4674-craqueamento-termico-na-industria-de-petroleo-e-gas/

http://www.universodopetroleo.com.br/2010/07/saiba-como-acontece-o-processo-de_13.html

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/12188/12188_3.PDF

Arquivado em: Química
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