Pastor evangélico

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Disse Jesus: “Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10:11)

“O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas” (Sl 23:1)

O dicionário da língua portuguesa atribui a palavra “Pastor” o seguinte significado: “Guardador de rebanho, zagal: as ovelhas e seu pastor. Ministro da religião protestante. Bom pastor, Jesus Cristo. Adj. Campestre: os pobres pastores. Diz-se de, ou uma raça de cães usados na guarda de rebanhos: cão pastor; pastor alemão”.

O “título” de Pastor utilizado no contexto das igrejas evangélicas é uma referência às passagens bíblicas que associam a maneira zelosa do Senhor cuidar do seu povo à profissão que era muito comum na época e na região onde surgiu o cristianismo. O próprio Jesus Cristo teria falado por meio de parábolas, entre elas a da “Ovelha perdida”, e se colocado para o povo como o bom pastor que era capaz de dar a sua vida pelas suas ovelhas. Não apenas como quem seria capaz de morrer pelo seu rebanho, o pastorado cristão fala de dar a vida num sentido de renúncia, de quem se dedica e abre mão de outras atividades e tempo para cuidar de um grupo, baseando-se na Palavra de Deus, em nome do pastor de todos os pastores, Jesus.

Nas igrejas, entre as responsabilidades de um pastor estão: o aconselhamento de membros (quando solicitado); leitura da bíblia e reflexão da palavra durante as celebrações; autoridade espiritual para ministrar a bênção apostólica no término dos cultos; realização de visitas em hospitais, penitenciárias e outros lugares onde estejam pessoas sem condições de se dirigir a igreja e que queiram receber orações e ouvir sobre as escrituras; orações de cura e libertação; realização de casamentos; ministração de cultos nos lares; oração pelas de crianças nascidas em famílias evangélicas quando são ainda pequeninas as “apresentando” a Cristo (parece haver um entendimento de que o batismo somente é realizado quando a criança/pessoa já possui capacidade de decidir sobre a religião que pretende seguir e quando expressa vontade própria de entregar a vida a Cristo no meio evangélico); Batismo por imersão em água.

Além disso, o pastor também é o responsável por coordenar as atividades de administração e funcionamento da igreja, por meio de contratação de serviços. Por exemplo, contratar uma conservadora para fazer a limpeza, o concerto de objetos e reparos técnicos, pagamento de contas como água, luz, telefone; ou mesmo a liberação ou determinação de quais membros da igreja serão líderes dos ministérios – o que geralmente é expressado por meio de convite ou manifestação da vontade da pessoa em realizar aquela atividade.

É o pastor quem tem autoridade para atribuir ou destituir um cargo na igreja. Isso não significa que ele tenha alguma soberania ou esteja isento de avaliações ou perda de sua função. É natural que como figura humana, o pastor também esteja suscetível a erros (e sempre disposto a repará-los). Entretanto, caso não proceda de acordo com os princípios bíblicos e oriente ou conduza a igreja fora daquilo que pregou Jesus Cristo, a membresia da igreja pode reivindicar a troca de Pastor. Ou ainda, quando há um grupo de pastores em uma mesma igreja, há uma organização onde um deles é eleito o Pastor presidente (em geral o mais antigo), que possui autoridade para orientar e corrigir quando necessário, os outros pastores.

Nos dias atuais o curso de teologia tem sido uma exigência de muitas igrejas para o exercício do pastorado, e é comum o pastor receber algum salário para exercer o seu ministério mas isso não é determinante (há pastores de dedicação exclusiva, e há pastores que exercem uma profissão secular trabalhando em seus ministérios em um tempo mais restrito). Porém, o curso de não é obrigatório pois trata-se de um exercício vocacional, um “chamado” da parte de Deus, manifestado por uma unção que, sendo identificada na vida de indivíduo, vem a ser reconhecia por um pastor que o consagra. Ou seja, um indivíduo somente se torna pastor quando um deles o reconhece como tal, e passa ele o título.

Por se realizar numa atmosfera abstrata, baseada na fé e no que há no coração do homem - um terreno que somente Deus pode sondar - esse contexto acaba abrindo precedente para o engano, e a existência de alguns pastores sem unção divina. Sobre isso, o próprio Deus teria alertado aos profetas de que haveria falsos pastores, e estes prestarão contas a Ele, a exemplo a passagem reproduzida a seguir:

 “Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que, porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas;

Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto. Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei” (Ez 34, 7:11)

Bibliografia:
http://www.dicio.com.br/pastor/
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.

Arquivado em: Cristianismo
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