Cidade Global

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O termo Cidade Global foi criado para designar uma região com economia influente no sistema mundial. Também chamadas de cidades alfa ou centros mundiais, essas áreas foram definidas com base em estudos geográficos e urbanos que se assentam no conceito de globalização. Este fenômeno contemporâneo teria facilitado a criação e promulgação de áreas estratégicas que seguem uma hierarquia de importância para o funcionamento do comércio e das finanças em uma escala global.

Entre as definições encontradas nestes estudos, a mais complexa é a denominada cidade global. A região considerada desta forma seria uma cidade em que as relações vinculadas teriam influência direta em assuntos mundiais por seus meios econômicos e sociais. Exemplos deste tipo de cidades globais são: Londres, Nova York, Tóquio, Chicago, Dubai, Hong Kong, Paris, Xangai, Singapura e Sydney.

A inventora do termo cidade global foi Saskia Sassen, uma socióloga holandesa, para fazer oposição à expressão megacidade. Em seu livro publicado em 1991, A Cidade Global, Saskia faz um estudo sobre este fenômeno e cita cidades como Tóquio, Londres e Nova York como grandes cidades globais. Em 1915, um termo para designar territórios que tinham grande controle sobre negócios globais foi criado por Patrick Geddes, biólogo e filósofo escocês. Ele nomeou estes locais de “cidades mundiais”.

Em 1966, Peter Hall, em seu livro The World Cities, definiu uma hierarquia para estas cidades baseado em uma série de critérios que incluíam fatores econômicos, políticos e de desenvolvimento humano. John Friedmann, professor austríaco, em sua obra The World City Hypothesis definiu algumas cidades que estavam no comando da economia mundial.

Outro estudioso que influenciou a definição destes conceitos foi Ronald Daus, professor universitário alemão que fez uma investigação arguta e multidisciplinar sobre o “fundamento europeu” presente nas cidades globais de fora da Europa. Para Daus, este “fundamento” é o maior responsável pela situação de caos encontrada nestas localidades e até mesmo em algumas cidades europeias. Ele foi o introdutor da sociologia e da antropologia neste campo de estudos.

Em 1998, Peter Taylor, Richard G. Smith e Jon Beaverstock tentaram fazer uma categorização e classificação para estas cidades globais com a utilização do método de “dados relacionados”. Os três criaram a Globalization and World Cities Research Network, que consiste em uma classificação de cidades globais baseadas do conceito de “serviços de produção avançados”. Isso engloba as categorias: bancária, financeira, direito, contabilidade e publicidade. A partir daí, chegou-se às divisões atuais que colocam estas cidades nos níveis Alfa++ (Londres, Nova York), Alfa+ (Chicago, Dubai), Alfa (Amsterdã, São Paulo), Alfa- (Atlanta, Barcelona), Beta+ (Atenas, Bangalore), Beta (Beirute, Bucareste), entre outros.

Fontes:
http://www.brasilalemanhanews.com.br/Noticia.aspx?id=2344
http://www.forte.jor.br/2012/04/03/ranking-das-66-cidades-globais-sp-em-33o-e-rio-em-53o-perdem-posicoes/
http://www.geomundo.com.br/geografia-30203.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_global

Arquivado em: Economia, Sociedade
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