Fratura de costela

Graduação em Fisioterapia (Faculdade da Serra Gaúcha, FSG, 2014)

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A fratura de costela consiste num trauma que pode ocorrer de formas variadas. Geralmente podem ocorrer por conta de golpes diretos, colisão no peito (podem acontecer durante práticas desportivas de contato ou acidentes automobilísticos), crises intensas de tosse (podendo ser resultantes de patologias pulmonares ou grandes altitudes), movimentações bruscas (principalmente em idosos), quedas, dentre outros aspectos.

As costelas são estruturas responsáveis pela proteção e estruturação da região torácica. São ossos em forma de semiarco que fazem conexão com um osso central denominado esterno, formando assim uma grande caixa para a proteção de órgãos como os pulmões e rins. Consiste em um arcabouço formado por 12 pares de ossos. Esses ossos são classificados em três grupos principais:

  • Costelas verdadeiras: divididas em sete pares que se articulam diretamente ao esterno através das cartilagens costais;
  • Costelas falsas: divididas em três pares que se articulam de forma indireta ao esterno, conectando-se assim também pelas cartilagens costais, estando estas unidas através da sétima costela.
  • Costelas flutuantes: divididas em dois pares, são costelas que não se articulam com o esterno e permanecem livres, servindo como origem e inserção de estruturas musculares e protegem órgãos como rins e parte do fígado. Articulam-se apenas às vértebras T11 e T12.

As costelas, juntamente com o esterno (osso localizado na região média do tronco) e cartilagens costais formam um dos maiores elementos de sustentação do corpo quando se fala em estruturas anatômicas. Os arcos costais fixam-se na coluna torácica, formando assim o que chamamos na anatomia de caixa torácica. As costelas encontram-se fixadas junto às doze vértebras torácicas, protegendo assim órgãos importantes para o funcionamento do organismo. Cada uma das costelas articula-se diretamente à vértebra correspondente, ou seja: o primeiro par articula-se à vértebra T1, o segundo par articula-se à T2, e assim sucessivamente.

Radiografia de uma pessoa com costelas fraturadas. Foto: Sopone Nawoot / iStock.com

Alguns fatores podem ser predisponentes quando se trata de fraturas de costelas, que podem ser:

  • Prática de esportes de contato;
  • Ossos fracos;
  • Tosse crônica;
  • Atividades extremamente repetitivas da parte superior do corpo, principalmente atletas de modalidades que exigem movimentos de lançamento, jogadores de basquete, golfistas, remadores, levantadores de peso;
  • Profissões que envolvam movimentações acima do ângulo dos ombros;
  • Fraqueza generalizada;

Sintomas

Os sintomas que o paciente pode vir a apresentar quando há fratura de costela são os mais variáveis possíveis, podendo apresentar-se da seguinte forma:

  • Dores intensas nas costelas e região superior do peito;
  • Tosse associada à dor em caixa torácica;
  • Edema e hematomas na área de tórax;
  • Sensibilidade severa no local da fratura;
  • Hemorragia interna;
  • Dores respiratórias;

Diagnóstico

Os diagnósticos de fratura de costela e possíveis lesões internas geralmente são feitos através de exames de imagem, a partir dos sintomas que o paciente apresentar durante o exame clínico, tais como:

  • Radiografia de tórax: também denominado raio-x, é muito utilizado para verificar fraturas e possíveis danos às estruturas do pulmão, utilizando uma pequena dose de radiação ionizante para conseguir obter as imagens das estruturas ósseas.
  • Tomografia computadorizada: tipo de exame de imagem que consiste também na utilização de radiação ionizante, porém com ênfase em tecidos moles, órgãos, ossos e vasos sanguíneos, podendo utilizar ou não o contraste para melhor visualização das estruturas.
  • Ressonância magnética: utiliza um potente campo eletromagnético e ondas de radiofrequência para produzir imagens com alta resolução, sem a necessidade de utilizar contraste, além de não utilizar radiação ionizante para a produção das imagens. Quando necessita de contraste, utiliza-se gadolínio (contraste paramagnético intravenoso) que facilita a caracterização de possíveis lesões.
  • Ultrassonografia: é realizada por meio de um transdutor para gerar ondas sonoras e produzir imagens de estruturas internas. Geralmente utilizada para investigação de cavidade abdominal, pélvica, monitoramento gestacional, guia para punções e biópsias e vascularização.

Porém, é de extrema importância que o médico realize a interpretação correta dos exames e dê o diagnóstico para que seja realizado o tratamento correto para que seja feita a escolha da conduta mais assertiva.

Bibliografia:

http://samaritano.com.br/especialidades/medicina-diagnostica/diferenca-entre-raio-x-tomografia-ressonancia-e-ultrassom/

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162011000300003

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Arquivado em: Traumatologia
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