I e II Coríntios

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I e II Coríntios

Trata-se de duas cartas escritas pelo apóstolo Paulo, por volta de 50 DC, destinada a igreja fundada por ele na cidade de Corinto.

I Coríntios

“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13,4:7)

O autor do livro de dezesseis capítulos já havia fundado uma igreja em Corinto. Tempos depois os cristãos desta igreja haviam escrito uma carta a Paulo pedindo a opinião dele sobre diversos assuntos. Ocorreu que a igreja de Corinto estava com divisões, a igreja estava dividida em diversos grupos onde alguns toleravam imoralidade sexual, outros apresentavam indícios de orgulho, e ainda, um conflito acerca dos dons do Espírito Santo, que estavam sendo utilizados de forma equivocada. Com essa diferença dentro da igreja, os cristãos de Corinto estavam se distanciando da essência dos ensinamentos do Senhor e seguindo determinados líderes espirituais “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo” (1 Co 1:12).

Neste contexto, Paulo escreve sua primeira carta aos Coríntios com intuito de conscientizar o povo sobre a importância da santidade na convivência entre as pessoas  “Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1 Co 3:3); o respeito e busca do Espírito Santo e sobretudo, restaurar a unidade da igreja ao verdadeiro motivo, a sua razão de ser e essência: Jesus Cristo “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Co 6,19:20), e  “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (1 Co 12:7).

II Coríntios

"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5:17)

Este livro foi escrito por Paulo para a igreja em Corinto como resultado de sua segunda viagem missionária. Ocorreu que muitos cristãos na época em que receberam a primeira carta haviam se rebelado, criticando e até mesmo questionando a autoridade de Paulo como apóstolo de cristo e sua autoridade para fazer as recomendações que fez à igreja.

Paulo chegou a escrever quatro epistolas, e duas delas fazem parte da bíblia, compondo parte do Novo Testamento. Esta segunda carta a princípio, foi a terceira delas, escrita num segundo momento, onde Paulo defende sua autoridade e trata de assuntos da vida cristã. Ele expressa ainda seu alívio e satisfação em saber que a igreja tinha recebido a sua carta "rígida" (hoje perdida) de uma maneira positiva.

Nesta segunda carta, ao longo de treze capítulos Paulo alerta a comunidade em relação a chegada de falsos apóstolos que estavam colocando em questão o caráter dele e  distorcendo a doutrina de Cristo “Não é de se admirara porque o próprio satanás de transforma em anjo de luz” (2 Co 11:14); e ainda algumas pessoas da igreja não deram sinais de  arrependimento de sua má conduta. Apesar da igreja ter enfrentado uma crise, o apóstolo os encoraja através dessa superação por meio de expressões de amor genuíno “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Co 3:18)

Bibliografia:
A Bíblia da Mulher: leitura, devocional, e estudo. 2 ed, Barueri SP: sociedade Bíblica do Brasil 2009.
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.

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