Francisco de Goya

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Francisco de Goya nasceu em Fuendetodos (Espanha) no dia 30 de março do ano de 1746. O artista iniciou seus estudos na cidade de Saragoça, onde teve os ensinamentos do pintor José Luzán, que lecionava na Academia de Desenho de Saragoça. Outro de seus professores foi Francisco Bayeu, pintor da Corte da Espanha.

No ano de 1775, Goya passa a viver na cidade de Madrid, onde iniciou a pintura de um lote de telas para a Real Fábrica de Tapeçarias de Santa Bárbara. Cinco anos depois, o pintor ganha o título de membro da Real Academia de São Fernando de Madrid com a pintura do quadro “Cristo na Cruz”.

Já em 1785, Francisco de Goya torna-se diretor adjunto de pintura da Academia. Naquele mesmo ano, o artista foi nomeado como pintor do rei Carlos III. Durante o período em que trabalhou para a realeza, foram produzidos seus primeiros retratos da corte da Espanha. Essas obras foram iniciadas com a tela "Conde de Floridablanca" (1783), depois com o retrato de “Carlos III, Caçador” e terminando com os quadros de Carlos IV, substituto do Rei, e Maria Luísa, que era a rainha. Naquela época, Goya era o artista mais bem sucedido da Espanha. Acabou sendo nomeado por Carlos IV como Pintor da Câmara.

"Carlos IV" (1800) - Francisco de Goya. Foto: Everett - Art / Shutterstock.com

Em viagem à Andaluzia, Sul da Espanha, em 1792, Goya adoece de forma grave e só consegue se reestabelecer no mês de abril de 1793, porém, acaba ficando surdo. Das andanças de Goya no Sul espanhol, acaba surgindo sua amizade com a duquesa de Alba, que foi retratada em 1795. Entres os anos de 1796 e 1797, o artista começa a produzir gravuras em áqua-tinta aos quais nomeia como “Os Caprichos”, que constituem um lote de 80 telas.

Porém, em 1808, as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram a Portugal, fazendo a família real portuguesa fugir para o Brasil. A Espanha, que era aliada dos Franceses, acabou sendo traída e sofreu as mesmas consequências que os portugueses. Este foi o início da Guerra Peninsular, que envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França.

Dentro deste cenário atroz, que causava milhares de morte, Goya observou argutamente os terrores da guerra e registrou em suas telas momentos de crueldade. Deste conflito, surgiu o quadro denominado como Os fuzilamentos de 3 de Maio de 1808, feita pelo pintor em 1814.

Um ano depois, a Inquisição inicia um processo contra Goya. A alegação era de obscenidade nos quadros denominados “Majas”, pinturas onde uma formosa mulher é retratada de corpo inteiro, deitada em um leito e olhando na direção dos observadores. Porém, Goya consegue sua “purificação” e volta a ser o Primeiro Pintor da Câmara.

Francisco de Goya morre no dia 16 de abril de 1828 em Bordéus, na França.

Fontes:
HUGHES, Robert. Goya, S. Paulo: Companhia das Letras, 2007.
http://www.mashpedia.es/Francisco_de_Goya
http://educacao.uol.com.br/artes/goya-quando-a-arte-e-testemunha-da-historia.jhtm
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/goya.html

Arquivado em: Biografias, Pintura
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