Celibato

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O celibato é a opção de vida escolhida por pessoas de ambos os sexos que decidem viver sem unir-se em matrimônio ou relacionamentos uns com os outros. Pode ser escolhido por opção pessoal de cada um ou atribuído àqueles que resolvem seguir uma carreira religiosa, sendo mais comum na vida de freiras, bispos e pastores, que segundo a Bíblia determina devem viver longe das tentações da carne, adotando uma vida casta.

Foto: Robert Hoetink / Shutterstock.com

Segundo a Bíblia, as escrituras mencionam a vontade de Deus para os pastores e bispos: "É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes." (I Timóteo 3:2 - Tito 1:6)

Relatos da Bíblia mostram que o apóstolo Paulo em algum momento repreendeu o celibato: “...alguns apostarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentira e têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência de alimentos...” (I Tm 4.1-3)... “Têm, na verdade, aparência de sabedoria, em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum contra a satisfação da carne.” (Col. 2.23).

Após o início do Cristianismo, apóstolos e pastores, casavam-se normalmente e constituíam família.

O celibato teve sua origem no clero romano, após 304 d.C. nos concílios de Elvira e Nicéia que proibiam os Ministros religiosos casarem-se após a ordenação. A Igreja Católica adotou o celibato dos padres e freiras na Idade Média, para defender o seu patrimônio, a fim de evitar que se tornasse objeto de disputas por herdeiros, tornando-se obrigatório para o clero a partir de 1075, durante o papado de Gregório VII, onde um sacerdote romano que se casasse incorria na excomunhão e ficava impedido de todas as funções espirituais. Um homem casado que desejasse vir a ser um sacerdote, tinha que abandonar a sua esposa, e esta também tinha de assumir o voto de castidade ou ele não poderia ser ordenado padre.

De acordo com a Lei Canônica, o voto do celibato é quebrado quando o padre se casa, mas não necessariamente quando este tem relações sexuais. A Igreja de Roma proíbe seus sacerdotes de casarem-se, mas não interfere na vida particular deles.

A Igreja Católica justifica o celibato como uma maneira de tornar o religioso mais próximo aos propósitos de Jesus Cristo.

Entre as ordens religiosas praticantes do celibato estão: Franciscanos, Dominicanos, Carmelitas, Agostinianos, Mercedários e Servitas.

No oriente, a Igreja Ortodoxa, incentiva a ordenação de um clero casado, acreditando que os que optam pelo celibato, o fazem de livre e espontânea vontade.

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