Réquiem

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O réquiem é uma das várias missas – solenidades religiosas repletas de símbolos, nas quais o sacerdote reafirma o desejo de seguir a prescrição de Jesus na Última Ceia, de renovar a recepção de seu Corpo e de seu Sangue, representados pelo pão e pelo vinho - elaboradas pela Igreja Católica.

O que a distingue das outras é seu caráter de celebração da morte, ou seja, ela é executada durante um ritual fúnebre. As músicas tocadas e cantadas são versões melodiosas de trechos das Sagradas Escrituras e de preces que têm como objetivo propiciar o ingresso das almas que partiram no Paraíso.

O réquiem pode ser rezado diante do ser que morreu, ou em datas que marcam o momento da passagem, ou seja, sete dias depois, um mês após a morte e anualmente. Esta palavra provém da frase ‘requiem aeternam dona eis’, que tem o sentido de ‘dai-lhes o repouso eterno’.

Esta expressão também é utilizada, às vezes, para designar as criações musicas que visam homenagear os mortos. As composições mais célebres foram atribuídas a Mozart, Brahms, Berlioz e Verdi. O Réquiem em Ré menor, de 1791, é uma das obras mais famosas de Wolfgang Amadeus Mozart.

Ela foi envolvida em uma contenda popular, até hoje, entre os pesquisadores de sua produção artística, saber até que ponto o clássico compositor atuou na sua criação, e a partir de qual trecho seu discípulo Franz Xaver Süßmayr assumiu a elaboração, após a morte do amigo e mestre.

No Brasil um dos réquiens mais conhecidos é do autor Marcos Portugal, português nascido em Lisboa, o qual desembarcou em solo brasileiro no ano de 1811. A partitura por ele elaborada, parte do Acervo Musical do Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro, há pouco tempo foi redescoberto e editado por Antônio Campos Monteiro Neto, responsável por esta instituição.

Seu réquiem foi criado em homenagem à Rainha Dona Maria I, a louca, sendo assim executado no dia 23 de abril de 1816, na cerimônia que presidiu seu funeral. Outra missa importante foi produzida pelo sacerdote José Maurício Nunes Garcia, para ser exercitada no mesmo ritual. Ele era visto pelos críticos como o mais famoso autor musical da época, e seu réquiem é até hoje celebrado como uma pequena obra-prima.

Alguns réquiens têm, em seus bastidores, histórias intrigantes. O de Mozart, por exemplo, tem uma origem quase lendária. Diz-se que, em 1791, ano em que ele leva ao palco uma de suas últimas obras compostas para o grande público e seu filho caçula nasce, ele recebe a vista de um estranho, o qual se nega a dizer quem é. Ele encomenda então um Réquiem em Ré menor, pagando antecipadamente uma parte de seu valor.

Um mês depois, quando Mozart embarca no transporte que o conduziria a Praga, é abordado novamente pelo homem enigmático, que lhe cobra a composição prometida. Algum tempo depois se levantou a hipótese de que ele seria um mensageiro do conde Franz Walsseg, que perdera a esposa recentemente e desejava apresentar como de sua autoria um réquiem em homenagem a ela.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9quiem_(missa_cat%C3%B3lica)
https://web.archive.org/web/20070614060816/http://requiemsjb.no.sapo.pt/Obra.htm
http://bachiana.com.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=105&Itemid=32
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2005/papa/0068.shtml

Arquivado em: Cristianismo
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