Hermafroditismo

Por Rafaela Couto de Rezende

Graduada em Ciências Biológicas (UNISUAM, 2010)
Graduada em Zootecnia (FAGRAM, 2006)

Categorias: Genética, Reprodução
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A ambiguidade genital ou interssexuada corresponde ao indivíduo que possui diferenças em um ou mais determinantes da diferenciação sexual, refere-se a um transtorno fisiológico das gônadas sexuais, isto é, o individuo irá desenvolver estrutura tecidual de gônadas femininas e masculinas, sendo ainda pouco conhecida.

A ambiguidade genital pode ser classificada como hermafroditismo verdadeiro ou pseudo-hermafroditismo. Esta classificação se baseia em critérios anatômicos, histológicos, citológicos e psiquiátricos. São três os tipos de hermafroditismo: Hermafroditismo verdadeiro, pseudo-hermafroditismo masculino e pseudo-hermafroditismo feminino.

No hermafroditismo verdadeiro o indivíduo possui diferenciação gonádica incompleta, nascendo com os dois órgãos sexuais, sendo estes bem formados. Possui os órgãos sexuais internos e externos dos dois sexos, o que inclui os ovários, útero, vagina, testículos e pênis. Estas pessoas são estéreis e, na puberdade, podem apresentar desenvolvimento das mamas e menstruação. Pode-se observar as pregas lábio-secrotais que poderão aparecer fundidas quase totalmente ou continuar separadas. Os órgãos sexuais podem se apresentar com testículo de um lado e contralateralmente ovário, testículo e ovário dos dois lados. Quando se fala em diagnóstico, é necessário fazer o estudo genético, além da anamnese e exame físico. No entanto, para se ter o resultado de hermafroditismo verdadeiro, deverá ser feita uma biopsia da gônada. Este exame irá demonstrar a presença de estruturas ovarianas e testiculares em um mesmo indivíduo.

O pseudo-hermafroditismo masculino acontece quando o indivíduo apresenta fenótipo feminino ou masculino, no entanto, os órgãos sexuais externos não se desenvolvem completamente, assim como a genitália interna, que pode ser ambígua ou feminina. Porém, as gônadas sempre são masculinas. O pseudo-hermafroditismo masculino possui 4 subgrupos: Síndrome de Morris, Síndrome de Lubs, Síndrome de Gilbert-Dreyfu e Síndrome de Reifenstein.

O pseudo-hermafroditismo feminino ocorre quando o indivíduo nasce geneticamente com o sexo feminino. Entretanto, o clitóris se desenvolve demasiado ou hipertrofia, adquirindo aparência e um formato que se assemelham a um pênis, apresentando graus de masculinização. Contudo, as mulheres que apresentam esta condição são férteis, já que os órgãos internos não são afetados. A etiopatogenia do hermafroditismo feminino - isto é, o estudo das causas das doenças e dos mecanismos patogênicos que atuam sobre o organismo para provocarem esta doença - pode ser idiopática, com causas desconhecidas para as características masculinas, ou pode ser causada por drogas androgênicas ingeridas pela gestante. E pela hiperplasia congênita das adrenais, que pode ser causada por herança gênica recessiva, o que causa baixa produção de corticóides pelas adrenais, resultando desta maneira na produção de altos teores de esteróides androgênicos, pelo estímulo excessivo do Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH).

Referencias Bibliográficas:

http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/viewFile/57915/60970

http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v23n3/v23n3a05.pdf

https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/hermafroditismo-verdadeiro-diagnostico-e-tratamento.pdf

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