Lignina

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Compostos Químicos, Reino Plantae (plantas)
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A lignina (do latim lignum que significa madeira), também conhecida como lenhina, é uma molécula tridimensional amorfa observada nas plantas terrestres, em associação com a celulose na parede celular, de natureza polimérica e tridimensional, com finalidade de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência contra ataques biológicos aos tecidos vegetais.

Esta molécula é o terceiro componente mais importante encontrado na madeira, correspondendo a 15 a 35% de seu peso. Originalmente, foi descoberta por Anselme Payen, no ano de 1838, após tratamento da madeira com ácido sulfúrico concentrado. É impossível ser retirada da madeira quantitativamente sem que haja uma considerável degradação da natureza.

Sua concentração na lamela média é alta e baixa na parede secundária, mas devido à sua espessura, pelo menos 70% da lignina está localizada na parede secundária. Conclui-se que a lignina é resultante do metabolismo da planta, pois quando o processo de lignificação é completado, geralmente coincide com a morte da célula, formando o chamado tecido de resistência.

A lignina é formada apenas em plantas vasculares, que desenvolvem tecidos especializados em funções como o transporte de soluções aquosas e suporte mecânico. Ou seja, possui como função proteger os componentes vasculares da planta, pois reduz a permeabilidade da parede celular à água, protegendo a madeira contra microrganismos (agindo como um fungicida) e dá suporte para a árvore, suportando sua copa a muitos metros de altura.

Sua estrutura química não foi totalmente elucidada ainda, principalmente pelo fato de sofrer alterações drásticas durante o processo de seu isolamento da madeira. Além disso, a lignina está covalentemente ligada à celulose e outros polissacarídeos da parede celular. Em sua composição química estão presentes apenas carbono, hidrogênio e oxigênio. Em geral é formada por três alcoóis de fenilpropanóides: coniferil, cumaril e sinapril. Suas proporções variam com a espécie, as estruturas vegetais e ainda, nas camadas de uma única parede celular.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lignina
http://www.ugr.es/~quiored/qoamb/qoamb.htm
https://web.archive.org/web/20120417121118/http://www.conhecendoamadeira.com:80/download/quimica/002_lignina.pdf

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