Conselho tutelar

Por Ana Rita Ribeiro Teles

Advogada (OAB/MG 181.411)

Categorias: Direito
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A Constituição Federal (CF) visa proteger e resguardar a juventude e a infância, e por isto, deve a União, Estados e Distrito Federal (DF) legislar sobre o tema, conforme preceitua em seu art. 24, XV.

O Conselho Tutelar, foi instituído pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pela lei federal nº 8.069/90, em respeito ao preceito constitucional, compreendido do art. 131 ao art. 140. É órgão público municipal, criado com o intuito de proteger crianças e jovens e a resguardar seus direitos com a aplicação e implementação de políticas públicas sociais.

O Conselho deve zelar e fiscalizar os jovens e crianças que se encontram em situações degradantes. O ECA atribui também ao Conselho Tutelar em seu art. 136, tais como:

Instituição fundamental para o Sistema de Garantia dos Direitos, de acordo com a Resolução nº 170, de 10 de dezembro de 2014, que nada mais é que o Estado, sociedade, a polícia civil, polícia militar, polícia federal, os órgãos do Poder Judiciário e outras entidades para que promovam, salvaguardam e controlem efetivamente as garantias de crianças e jovens.

Cada município ou Região Administrativa do DF deve conter pelo menos um Conselho Tutelar, sendo órgão componente da administração pública local e contendo cinco membros em votação a escolha dos cidadãos.

Os conselheiros que atuam como autores das garantias devem ser eleitos para um mandato que perdurará durante 4 anos, podendo ser reeleito por novos processos de escolha, conforme Lei nº 13.824/19 que alterou o art. 132 do ECA.

Sendo vedado que participe conjuntamente no mesmo Conselho os cônjuges, descendentes e ascendentes, sogro e nora ou genro, irmãos, cunhados, tio e sobrinhos, padrasto, madrasta ou enteados, prevista a regra no art. 140 do ECA.

Os conselheiros devem obedecer também aos seguintes critérios:

O Conselho tem como proteção legislativa características inerentes a ele, protegido pelo art. 131 do ECA:

Ressalvando que sua autonomia não significa que não há controle, pois pode o Poder Executivo e demais membros do Sistema de Garantia dos Direitos coibir abusos, omissões e desvio de poder.

Dessa forma, o Conselho Tutelar tem grande importância na proteção dos direitos da criança e adolescente e combate aos maus tratos.

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