Calazar

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Por Marina Martinez

A Leishmaniose visceral ou Calazar é uma doença causada pelo protozoário da família Trypanosomatidae e pertencente ao gênero Leishmania. A transmissão da doença é através da picada de insetos hematófagos do gênero Lutzomya e Phlebotomus.

É uma doença própria de zonas rurais ocorrendo no Brasil casos em todos os estados costeiros, do Pará ao Paraná e em estados centrais como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul. Pode ser adquirida em vilas ou em subúrbios de grandes cidades onde as condições ambientais são apropriadas para o desenvolvimento do vetor (mosquito). Possui como reservatório principalmente o cão e a raposa. Apresentam parasitismo cutâneo intenso e são excelente fontes de infecção para flebotomíneos, mantendo o ciclo da doença no ambiente domiciliar e silvestre.

Este tipo de leishmaniose é considerada a mais grave. O parasita migra para os órgãos viscerais do hospedeiro atingindo o fígado, baço e medula óssea, causando sintomas graves, que podem até mesmo levar à morte. O indivíduo pode apresentar febre, hepatoesplenomegalia, anemia, leucopenia, problemas renais, alterações pulmonares, tosse seca, descamação da pele e queda dos cabelos. Além disto, o fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete estes órgãos. O período de incubação da doença é muito variável: entre dez dias a 24 meses.

Morfologia do protozoário Leishmania

  • Formas amastigotas: São ovais ou esféricas. No citoplasma podemos encontrar vacúolos, um único núcleo e o cinetoplasto em forma de um pequeno bastão. Não há flagelo livre.
  • Formas promastigotas: São alongados e apresentam um flagelo livre. No citoplasma existe a presença de granulações e pequenos vacúolos. O núcleo situa-se na região central da célula. O cinetoplasto apresenta-se situado entre a extremidade da região anterior e o núlceo.
  • Formas paramastigotas: São ovais ou arredondadas com cinetoplasto margeando o núcleo ou posterior a este, e um pequeno flagelo livre. São encontradas aderidas ao epitélio do trato digestivo do vetor.

Ciclo evolutivo

No mosquito:

No homem:

Medidas de prevenção da Leishmaniose

  • Proteção individual, com utilização de repelentes, utilização de mosquiteiros, telagem das janelas, uso de inseticidas.
  • Construção de casas a uma distância de 500 metros da mata.
  • Eliminação dos reservatórios.
  • Tratamento dos indivíduos contaminados.
  • Desenvolvimento de uma vacina.

Diagnóstico Laboratorial

Pesquisa do parasita (material das úlceras ou colhido no fígado, baço e medula óssea):

  • Esfregaços corados pelo Giensa
  • Cultura

Métodos imunológicos:

  • Reação de fixação de complemento (Elisa)
  • Imunoflorescência indireta
  • Teste de Montenegro

O tratamento da doença é feito com fármacos específicos, com antimoniais pentavalentes, anfotericina B, pentamidina, alopurinol, aminiosidina, entre outros.

Referências Bibliográficas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leishmaniose
http://www.saude.rs.gov.br/dados/1239825338856LEISHMANIOSE%20VISCERAL%20QUADRO%20CL%CDNICO.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_lv_grave_nc.pdf
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/doencas/leishmaniose.html

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