Cálculo Biliar

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
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O cálculo biliar, também conhecido como colelitíase ou “pedra na vesícula”, é a formação de cálculos no interior da vesícula biliar (em 90% dos casos) ou dos ductos biliares (dentro e fora do fígado).

A bile é formada por três componentes básicos: bilirrubina, sais biliares e colesterol. Existe um equilíbrio físico-químico que mantém a bile em estado líquido. Quando há alguma ruptura nesse equilíbrio, irão ocorrer precipitações de seus componentes, resultando nos cálculos biliares. Estes, por sua vez, são compostos basicamente por sais de cálcio e colesterol. De acordo com a predominância, serão cálculos colesterólicos, cálcicos ou mistos.

Existem alguns fatores que aumentam a probabilidade do desenvolvimento dos cálculos biliares, são eles:

Os cálculos podem permanecer “dormentes” por anos ou se manifestarem a qualquer momento. Quando ocorre a obstrução do ducto cístico devido a um cálculo, seu canal de drenagem para o colédoco, haverá uma contração da parede muscular da vesícula que manifesta como dor em cólica na região superior direita do abdômen, conhecida como cólica biliar. Quando o cálculo fica preso no canal cístico, a bile ficará impedida de passar, permanecendo retida resultando em um processo inflamatório agudo, conhecida como colecistite aguda. Normalmente crescem bactérias nessa bile retida e a vesícula obstruída se comporta como um abscesso, sendo potencialmente capaz de causar doenças graves.

Os sintomas de “pedra na vesícula” também podem ser “má” digestão, desconforto abdominal vago, náuseas e vômitos, ou mesmo flatulência. Esse quadro tende a se agravar com a ingestão de alimentos gordurosos, mas todos os alimentos podem desencadear sintomas.

O método de diagnóstico de escolha para a detecção de cálculos biliares é a ultra-sonografia abdominal, apresentando índices de acerto de 95 a 99%. Além de ser eficaz, não é um método invasivo, sem anestesia, sem contraste, sem irradiação e relativamente barato. Exames laboratoriais podem evidenciar alterações de enzimas hepáticas e dos ductos biliares; quando houver infecção, o hemograma estará alterado.

O tratamento pode ser feito através de medicamentos ou cirurgia (colecistectomia), com a retirada da vesícula. Os medicamentos agem dissolvendo o cálculo e podem ser indicados para os pacientes assintomáticos. A cirurgia é indicada nos seguintes casos:

O tratamento cirúrgico pode ser feito de duas maneiras:

Fontes:
https://web.archive.org/web/20110525194243/http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/288/calculo-biliar
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?53
http://www.drfernandovalerio.com.br/calculo_de_vesicula.htm
https://web.archive.org/web/20120429045135/http://boasaude.uol.com.br:80/lib/showdoc.cfm?LibDocID=4880&ReturnCatID=487

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