Síndrome Compartimental

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças cardiovasculares, Síndromes
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A síndrome compartimental consiste em uma condição na qual há o aumento de pressão no interior de um compartimento confinado e pouco expansivo, prejudicando o aporte sanguíneo para as estruturas localizadas dentro do mesmo.

Define-se um compartimento como um agrupamento de músculos, nervos e vasos sanguíneos em seus braços, pernas, mãos, pés e nádegas. A fáscia, membrana que envolve os músculos, não expande com facilidade. Quando há um inchaço ou sangramento dentro de um compartimento, a fáscia não consegue se expandir, resultando em um aumento de pressão sobre os vasos capilares, nervos e músculos do compartimento. Desta forma, o fluxo sanguíneo para as células musculares e nervosas é interrompido, ocasionando consequente dano às mesmas, podendo resultar em invalidez permanente do local afetado e necrose tecidual.

A panturrilha é o local no qual é mais frequência a ocorrência desta desordem. Contudo, também pode afetar mãos, pés, braços, pernas e nádegas. As causas mais comuns são:

Esta síndrome pode ser de dois tipos:

O quadro clínico inclui:

Como a síndrome compartimental aguda é uma emergência médica, assim que o paciente busca ajuda médica, o profissional deve medir a pressão compartimental, determinando se o indivíduo apresenta ou não a condição. Já no caso da síndrome compartimental crônica, primeiramente é necessário excluir outras condições que também podem levar a um quadro clínico semelhante, por meio de exame físico e exames de imagem. Para a confirmação desta condição, deve-se medir a pressão compartimental antes e após o exercício físico. Caso a pressão continue elevada após o exercício, indica que há a presença síndrome compartimental crônica.

O tratamento da forma aguda é uma emergência médica, sendo necessário realizar imediatamente uma fasciotomia, permitindo o retorno da pressão ao normal. Em alguns casos, o inchaço pode ser tão grave que não é possível suturar a pele imediatamente, sendo reparada cirurgicamente a partir do momento em que houver redução do inchaço.

No caso da forma crônica, o tratamento pode ser não cirúrgico, por meio de fisioterapia, uso de palmilhas e de anti-inflamatórios. Evitando-se a atividade causadora da condição, os sintomas costumam desaparecer. Quando as medidas conservadoras não são suficientes para controlar o problema, a cirurgia (fasciotomia) pode ser uma opção. Contudo, nesse caso, a cirurgia é um procedimento eletivo e não de emergência.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_compartimental
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-36162011000600017&script=sci_arttext

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!