Exercícios - Guimarães Rosa

Lista de questões de vestibulares sobre Guimarães Rosa e suas obras.
Ler artigo Guimarães Rosa.

Exercício 1: (PUC-SP 2018/1)

De Sagarana, obra de J G Rosa NÃO É CORRETO afirmar que:


Exercício 2: (Unespar 2016)

Leia o excerto de “O Burrinho Pedrês”, publicado em Sagarana (1946), de Guimarães Rosa, e ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

“Apuram o passo, por entre campinas ricas, onde pastam ou ruminam outros mil e mais bois. Mas os vaqueiros não esmorecem nos eias e cantigas, porque a boiada ainda tem passagens inquietantes: alarga-se e recomprime-se, sem motivo, e mesmo dentro da multidão movediça há giros estranhos, que não os deslocamentos normais do gado em marcha – quando sempre alguns disputam a colocação na vanguarda, outros procuram o centro, e muitos se deixam levar, empurrados, sobrenadando quase, com os mais fracos rolando para os lados e os mais pesados tardando para trás, no coice da procissão.
– Eh, boi lá! ... Eh-ê-ê-eh, boi! ... Tou! Tou! Tou...
As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralos de guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do gado Junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de lá do sertão...

‘Um boi preto, um boi pintado,
cada um tem sua cor.
Cada coração um jeito
de mostrar o seu amor.’

Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando... Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito... Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai varando...”
(ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 37)


Exercício 3: (Unespar 2016)

Na coletânea Sagarana (1946), de Guimarães Rosa, há uma unidade resultante do ordenamento e da disposição dos elementos estéticos e contextuais constitutivos da narrativa, que revelam a circularidade das histórias e, ao mesmo tempo, a unidade da obra como um todo.

Nessa perspectiva, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.


Exercício 4: (Unespar 2016)

Leia o excerto de “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, publicado em Sagarana (1946), de Guimarães Rosa, e ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

“E, páginas adiante, o padre se portou ainda mais excelentemente, porque era mesmo uma brava criatura. Tanto assim, que, na despedida, insistiu:
– Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas sempre passa. E você ainda pode ter muito pedaço bom de alegria... Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua.” [p. 356]
[...]
“Quando ficou bom para andar, escorando-se nas muletas que o preto fabricara, já tinha os seus planos, menos maus, cujo ponto de início consistia em ir para longe, para o sitiozinho perdido no sertão mais longínquo [...] que era agora a única coisa que possuía de seu. Antes de partir, teve com o padre uma derradeira conversa, muito edificante e vasta. E, junto com o casal de pretos samaritanos, que, ao hábito de se desvelarem, agora não o podiam deixar nem por nada, pegou chão, sem paixão.
Largaram à noite, porque o começo da viagem teria de ser uma verdadeira escapada. E, ao sair, Nhô Augusto se ajoelhou, no meio da estrada, abriu os braços em cruz, e jurou:
– Eu vou p’ra o céu, e vou mesmo, por bem ou por mal!... E a minha vez a de chegar... P’ra o céu eu vou, nem que seja a porrete!...
E os negros aplaudiram, e a turminha pegou o passo, a caminho do sertão.” [p. 357-358]
[...]
“E o povo, enquanto isso, dizia: – ‘Foi Deus quem mandou esse homem no jumento, por mór de salvar as famílias da gente!...’” [p. 385]
“Mas Nhô Augusto tinha o rosto radiante, e falou:
– Perguntem quem é aí que algum dia já ouviu falar no nome de Nhô Augusto Esteves, das Pindaíbas! [...]
Então, Augusto Matraga fechou um pouco os olhos, com sorriso intenso nos lábios lambuzados de sangue, e de seu rosto subia um sagaz contentamento. [...]
Depois, morreu.” [p. 386]
(ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Record, 1984)


Exercício 5: (Unespar 2015)

Leia atentamente o trecho a seguir, retirado do conto O burrinho pedrês, parte do livro Sagarana, de Guimarães Rosa, e marque a única alternativa correta.

E Sete-de-Ouros, que sabia do ponto onde se estar mais sem tumulto, veio encostar o corpo nos pilares da varanda. Deu de cabeça, para lamber, veloz o peito, onde a cauda não alcançava. Depois esticou o sobre-beiço em toco de tromba e trouxe-o ao rés da poeira, soprando o chão.
Mas tinha cometido um erro. O primeiro engano seu nesse dia. O equívoco que decide o destino e ajeita caminho à grandeza dos homens e dos burros. Porque “quem é visto é lembrado”, e o Major Saulo estava ali:
- Ara, veja, louvado tu seja! Hô-hô...Meu compadre Sete-de-Ouros está velho... Mas ainda pode agüentar uma viagem, vez em quando... Arreia este burro também, Francolim![...]
O Major dera de taca no parapeito, muitas vezes, alumiando raiva nos olhos verdes e enchendo o barrigão de riso. Depois voltou as costas ao camarada, e, fazendo festas à cachorrinha Sua-Cara, que pulara para cima do banco, começou a falar vagaroso e alto, mas sem destampatório, meio rindo e meio bravo, que era o pior. (p.13)
ROSA, Guimarães. O burrinho pedrês in Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1956.


Exercício 6: (Unespar 2015)

Sobre o conto Conversa de bois, presente no livro Sagarana, de Guimarães Rosa, e marque a única alternativa correta.