Noites Brancas

Por Felipe Araújo
Categorias: Contos
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Noites Brancas é um conto do escritor russo Fyodor Dostoyevsky, publicado pela primeira vez no ano de 1848, período inicial da carreira do autor. O conto recebeu diversas adaptações cinematográficas como a de Luchino Visconti, “Le notti bianche”, de Ivan Pyryev, “Belye nochi”, do cineasta francês Robert Bresson, “Four Nights of a Dreamer”, do americano James Gray, “Two Lovers”, entre outras.

Como muitas das histórias de Fyodor Dostoyevsky, Noites Brancas é narrada em primeira pessoa por um personagem sem nome que vive sozinho na cidade e sofre por causa da solidão e por não conseguir parar de pensar. O personagem é o arquétipo do sonhador perpétuo. Sozinho, vive dentro de seus pensamentos, imaginando que um velho homem por quem ele sempre passa, mas nunca conversa, ou as casas, são seus únicos amigos. O conto é dividido em seis partes: Primeira Noite, Segunda Noite, História de Nastenka, Terceira Noite, Quarta Noite e Manhã.

O narrador começa descrevendo suas experiências ao caminhar pelas ruas de São Petersburgo. Ele gosta de andar durante a noite, pois é o horário em que se sente mais confortável. Não gosta do dia porque as pessoas que ele costumava ver não estão nos mesmos lugares. Ele tirava suas emoções delas, se elas estavam felizes, ele também ficava feliz, se elas estavam desanimadas, ele ficava também, por isso ele se sentia sozinho ao ver novas pessoas. O personagem principal conhece bem as casas dos arredores, notando, em cada uma de suas caminhadas, uma pintura nova ou algo que foi alterado nas construções. Ele mora em um pequeno apartamento na cidade.

Então o narrador conta a história de uma jovem mulher chamada Nastenka, que é o diminutivo para Anastasia na língua russa. Em um primeiro momento, ele a vê chorando perto de um corrimão e fica curioso em saber o que está acontecendo, mas resolve continuar caminhando. Porém, sente que há algo de especial na garota e fica muito curioso. Quando ouve um grito da moça, vai até ela e a salva de um rapaz que estava assediando-a. O personagem principal explica que é tímido, pois nunca teve uma mulher.

Nas quatro noites em que o conto ocorre, o protagonista acaba se apaixonando pela moça, que conta a ele que vive presa a um alfinete grudado na saia de sua avó e ao lado de uma criada surda. Então um novo inquilino aparece na casa em que ela vive e os dois desenvolvem um relacionamento, sendo que ela o enxerga como sua fuga da solidão. Porém, o rapaz abandona a casa e promete a Nastenka o seu retorno dentro de um ano, quando tivesse conseguido melhores condições para se casar com ela. No momento em que o protagonista conhece Nastenka, passa-se um ano exato que o jovem foi embora. Era o dia do reencontro. Com nada previsto para nenhum dos personagens, o conto caminha a um desfecho intrigante no qual nenhum dos personagens parece preparado para aceitar.

Fontes:

DOSTOYEVSKY, Fyodor. Noites brancas e a arvore de natal na casa do cristo. 1. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.

http://en.wikipedia.org/wiki/White_Nights_(short_story)

http://www.editora34.com.br/detalhe.asp?id=324

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