Musicoterapia

Por Ana Lucia Santana
Categorias: Medicina, Música
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A Musicoterapia é uma terapêutica que visa, através de seus componentes – ritmo, melodia e harmonia -, colaborar no tratamento de distúrbios de natureza orgânica, psíquica, emocional e cognitiva. Seus efeitos tendem a agir no âmbito da interação social, das relações interpessoais, da transmissão de informações, do conhecimento, da criatividade, entre outros.

O musicoterapeuta é o profissional apropriado para trabalhar com a música como terapia, pois ele é preparado para despertar potenciais interiores e resgatar o papel de cada indivíduo, com o objetivo de conquistar para estas pessoas uma qualidade de vida melhor. Entre os pacientes que buscam esse tratamento alternativo vêem-se portadores de problemas motores, autistas, deficientes mentais, pessoas com distúrbios psíquicos e emocionais, gestantes e idosos.

Este profissional pode também atuar em grupos com profissionais de várias áreas, como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores. Além disso, é igualmente encontrado em consultórios particulares, trabalhando sozinho. Apesar de sempre agir como um bálsamo terapêutico, desde o princípio da história, a terapia musical surgiu como disciplina no século XX, logo depois da Segunda Guerra Mundial.

Vários músicos começaram a tocar em hospitais para aliviar o sofrimento dos soldados feridos. Com esse trabalho, muitos pacientes passaram a apresentar traços de recuperação. Desde então a música tem sido amplamente e cada vez mais usada como exercício alternativo de cura. A primeira graduação de Musicoterapia no Brasil foi criada em 1972, no Conservatório Brasileiro de Música, localizado no Rio de Janeiro.

Há vários métodos utilizados pelos musicoterapeutas. O receptivo se restringe a pacientes com sérios problemas motores ou quando se pretende trabalhar tão somente em um aspecto do tratamento, com determinados objetivos. Geralmente, porém, ela é ativa, e assim o paciente é quem toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza algum trabalho musical com o terapeuta.

O profissional pode recorrer a várias modalidades terapêuticas, tudo depende de suas metas, bem como dos desejos e das possibilidades do paciente. Os encontros podem ser gravados e o musicoterapeuta tem assim a opção de trabalhar os temas oferecidos pelos que se encontram em terapia. Ou é possível também realizar interpretações musicais sobre as canções elaboradas durante as sessões. Como a elaboração musical é meramente terapêutica, o paciente não precisa ter habilidades musicais.

Já o musicoterapeuta precisa ser treinado em vários instrumentos , entre eles o violão, o piano e a percussão são os mais comuns. A música atua na mente humana harmonizando os hemisférios cerebrais, e por conseqüência equilibrando pensamento e sentimento.

Alguns ritmos não são indicados para a musicoterapia, como o rock, pulsante demais para provocar relaxamento. Ademais, cada ritmo tem como efeito um resultado distinto no paciente. Há músicas que despertam nostalgia, outras provocam alegria, tristeza, melancolia, entre outros sentimentos. Depende intrinsecamente das metas de cada um. Enquanto Bach auxilia no conhecimento e na memória, Rossini, com sua obra Guilherme Tell, e Wagner, com suas Walkirias, são muito indicadas nos casos de depressão. Por outro lado, as marchas irradiam uma energia imprescindível para quem se encontra em recuperação.

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