Teste ELISA

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Exames Médicos
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

O teste de ELISA (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas (teste imunoenzimático).

A enzima mais comumente usada nesta prova á a peroxidase, responsável por catalisar a reação de desdobramento da água oxigenada (H2O2) em H2O mais O2.

Existem diversos tipos de testes de ELISA. O modelo mais simples é conhecido como ELISA indireto, onde um antígeno que encontra-se aderido a um suporte sólido (placa de ELISA) é preparado e, em seguida, colocado sobre os soros que estão sendo testados, em busca de anticorpos contra o antígeno. Caso estejam presentes anticorpos no soro, específicos para o antígeno em questão, haverá a formação da ligação antígeno-anticorpo que, por conseguinte, é detectada pela adição de um segundo anticorpo dirigido contra imunoglobulinas da espécie que está sendo pesquisada, a qual é ligada a peroxidase. Este anticorpo anti-IgG, ligado à enzima recebe o nome de conjugado. Quando adiciona-se o substrato apropriado para a enzima (ou seja, H2O2 dissolvida em uma substância química eu dá uma reação colorida quando H2O2 é desdobrada), os locais onde ocorre a reação antígeno-anticorpo, que apresentam uma coloração característica, sendo que esta coloração varia de acordo com o substrato.

Existe também um método denominado ELISA de bloqueio ou competição, onde a presença de anticorpos em determinado soro é observada devido à competição com um anticorpo específico (mono ou policlonal) voltado ao antígeno.

O teste de ELISA é responsável pela detecção de diferentes doenças infecciosas, uma vez que a maioria dos agentes patológicos leva à  produção de imunoglobulinas. Também pode ser utilizado no diagnóstico de doenças auto-imunes ou alergias.

Este método de diagnóstico é o de eleição para a detecção do vírus HIV. Estes testes até a sua terceira geração só detectavam a presença de anticorpos (IgG e IgM) três ou quatro semanas após o contato. Todavia, os testes de quarta geração já detectam tanto anticorpos quanto um dos antígenos do HIV, a proteína p24, fato esse que reduziu sensivelmente o período de janela imunológica, podendo chegar a apenas duas semanas.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/ELISA
http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/423/teste-elisa
http://www6.ufrgs.br/labvir/material/aulap10.pdf

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!