Linfangite Carcinomatosa

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Neoplasias
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A linfangite carcinomatosa é uma neoplasia pulmonar, que corresponde a menos de 10% dos cânceres que acometem esse órgão.

Este termo foi utilizado primeiramente em 1873, por Troisier, para descrever a infiltração difusa dos vasos linfáticos dos pulmões por células malignas. Todavia, a primeira publicação das alterações decorrentes desta desordem ocorreu anteriormente, em 1823.

Este tipo de neoplasia é tipicamente ligado a carcinoma de mama, pulmão, estômago, cólon, pâncreas e próstata. Acomete com maior frequência homens (60%), entre 40 a 49 anos de idade.

Embora, comumente, esta neoplasia se origine da disseminação hematológica da neoplasia primária, com extensão dos capilares aos linfáticos, também pode decorrer da disseminação retrógrada a partir de linfonodos mediastinais e hílares em direção ao parênquima.

As manifestações clínicas que os pacientes com esta neoplasia podem apresentar incluem dispneia, tosse seca e sibilância. Nos exames de imagem, como radiografia torácica, observa-se espessamento dos septos interlobulares e das bainhas broncovasculares, bem como outros transtornos ao longo dos linfáticos que, histologicamente, traduz-se em presença de células neoplásicas em seu interior.

Embora exames de função pulmonar e de imagem possam ser úteis no alcance do diagnóstico, o mesmo, habitualmente, é fechado colhendo-se amostras traqueobrônquicas ou lavado broncoalveolar.

O tratamento envolve a quimioterapia com análogos da platina e taxanos. A remissão total ocorre em, aproximadamente, 50% dos pacientes que apresentam a doença em estágio avançado. Contudo, grande parte dos pacientes tem recidiva logo nos primeiros anos após o término do tratamento.

O prognóstico da linfangite carcinomatosa é ruim, com sobrevida média inferior a dois meses, quando o paciente não é tratado. O médico tem por objetivo melhorar a qualidade de vida e prolongar a mesma.

Fontes:
http://www.sopterj.com.br/suplemento/2009_cancer/13.pdfhttp://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=207

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