Mudanças na Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo não serão mais obrigatórias

15/02/2016 - 16h49 - Por Karoline Figueiredo

No ano passado, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao decretar as mudanças na rede pública de ensino que se concretizariam no início ano letivo de 2016, inúmeras reivindicações passaram a acontecer. Diversas manifestações nas ruas foram realizadas por pais, alunos e profissionais, e, em torno de 200 escolas foram ocupadas por estudantes.

A meta da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo era manter em cada escola apenas 1 ciclo de ensino: Anos Iniciais (1º ao 5º) do Ensino Fundamental; Anos Finais (6º ao 9º) do Ensino Fundamental e Ensino Médio, todos separados. Com essa transformação, 94 Escolas seriam fechadas e 1.464 passariam por mudanças. 311 mil alunos seriam transferidos para outras redes, muitos deles, para lugares mais distantes. Além haver mudanças e cortes no quandro de profissionais.

A luta da população contra a reformulação resultou na suspensão do projeto de reorganização escolar pela Justiça Federal no mês de dezembro do ano passado. Lembrando que, o secretário da Educação, Herman Voorwald, pediu exoneração do cargo após a suspensão do projeto.

Hoje, (15/02) o atual secretário Estadual da Educação de São Paulo, José Renato Nalini, em entrevista ao Bom Dia São Paulo, informou que a reorganização escolar só será implantada nas instituições de ensino que optarem por essas mudanças, além de serem aprovadas pelos técnicos da Secretaria de Educação.

Diferente de quando foi comunicado e estabelecido, a reorganização seria um fato imposto e não uma opção. No entanto, agora o secretário esclareceu que não serão impostas as mudanças nas escolas que não desejarem por elas.

Nalini concluiu que a reorganização é um tema aberto e voltará a ser debatida este ano. "Vamos escutar todos os interessados, principalmente o alunado, sua família, a sociedade do entorno", explicou.

Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição: