O Ministério da Educação (MEC) anunciou que a reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) terá como base uma série de consultas públicas que serão realizadas em janeiro de 2017. O processo ainda não está definido, mas será fundamental na estruturação dos exames de 2017 e 2018.
INEP já discute possíveis mudanças
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) poderá realizar uma série de mudanças nas próximas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Propostas como a exclusão da categoria "treineiros" e a instauração de um limite de três isenções de taxa por candidato foram discutidas essa semana no Conselho de Secretários da Educação (Consed).
O novo Enem será anunciado oficialmente após o fim dessa edição, em dezembro. Algumas das mudanças poderão entrar em vigor já na próxima edição. O INEP também discute atualmente formas de adequar o Exame à reforma do ensino médio, determinada pela Medida Provisória 746/2016. As alterações também têm como objetivo diminuir o custo da prova.
Se as propostas forem aprovadas, candidatos que estiverem cursando o primeiro e o segundo anos do Ensino Médio não poderão mais prestar a prova como treino. No lugar, o INEP pretende aplicar um simulado nacional para esses estudantes. A continuação da plataforma "Hora do Enem" ainda não foi comentada oficialmente.
Estudantes aptos a serem contemplados com a isenção de taxa do Enem só terão acesso ao direito três vezes. O INEP está estudando as motivações dos candidatos que prestam a prova repetidas vezes.
Outra alteração significativa que pode ser realizada é o fim da certificação do Ensino Médio via Enem. Atualmente, estudantes que alcancem pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento avaliadas pelo Exame e obtenham nota acima de 500 pontos na redação podem utilizar o resultado para validar o Ensino Médio. Com as mudanças, as certificações voltariam a acontecer através do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).