Pesquisa da UFSCar desenvolve material biodegradável para filtragem do ar

22/11/2021 - 13h36 - Por Karoline Figueiredo

Pesquisadoras do Laboratório de Controle Ambiental (LCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desenvolveram um novo material filtrante com capacidade de reter partículas muito pequenas (como vírus e bactérias) no ar que respiramos. O seu efeito é biocida e o material é biodegradável.

Trata-se da aplicação de nanofibras biodegradáveis compostas por acetato de celulose e brometo de cetilpiridinio. O acetato de celulose é considerado o polímero mais abundante da Terra, originado da celulose, produzida a partir de várias fontes como a polpa da madeira, bagaço da-cana-de-açúcar, palha de milho e caroço de manga. Ele dá "corpo" à fibra, sendo responsável pela sua estrutura física e pela resistência mecânica e térmica do material, levando assim à capacidade de filtragem do ar. O brometo de cetilpiridino confere a ação biocida, eliminando quase que totalmente a presença de bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus, que podem desencadear processos infecciosos.

De acordo com a UFSC, as nanofibras foram produzidas por meio de técnica de eletrofiação, em que um campo elétrico é aplicado a uma gota de solução de um polímero na ponta da agulha de uma seringa, resultando na evaporação do solvente e produção de fibra, depositada sobre um coletor fixo ou giratório. Os desafios estão na combinação de diferentes parâmetros - como concentração da solução, diâmetro da agulha e distância entre ponta da agulha e coletor - para obtenção do material com características desejadas.

O estudo foi realizado por Daniela S. de Almeida, pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Engenharia Química da UFSCar, sob supervisão de Mônica Lopes Aguiar, que coordena o LCA junto com Vádila Guerra, em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Para mais informações acesse a página da UFSCar.

 

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