As instituições devem conferir, confirmar e retificar as informações referentes à segunda etapa do Censo Escolar 2020, até a próxima sexta-feira (7). De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os estabelecimentos também poderão inserir informações não declaradas durante a coleta.
Nesta segunda etapa, são apuradas informações sobre a "Situação do Aluno" como o movimento (transferido, deixou de frequentar ou falecido) e o rendimento (aprovado ou reprovado). O Inep divulgará os resultados da segunda etapa no mês de junho.
A autarquia ressalta que, os dados coletados na primeira etapa do Censo Escolar 2020 antecedem a pandemia por Covid-19, ou seja, não refletindo ainda, os impactos da pandemia na educação.
Para a segunda etapa, o Inep elaborou um formulário específico para o levantamento de informações sobre as estratégias adotadas pelas escolas para lidar com os desafios impostos pela pandemia.
Alguns dados da primeira etapa já anunciados:
De acordo com os dados levantados no Censo Escolar 2020 da Rede Pública de Ensino, a maior taxa de distorção idade-série está entre os alunos do sexo masculino, em todas as etapas do ensino. A maior diferença foi constatada no 6º ano do Ensino Fundamental, onde a taxa de distorção idade-série é de 28,2% para o sexo masculino e de 16,8% para o sexo feminino.
Segundo a pesquisa, a elevação na taxa de distorção inicia a partir do 3º ano do Ensino Fundamental, sendo mais alta no 7º ano do Ensino Fundamental e no 1º ano do Ensino Médio. A taxa alcança 22,7% das matrículas dos anos finais do Ensino Fundamental e 26,2% das matrículas do Ensino Médio.
Os principais fatores que contribuem para a elevação do indicador de distorção idade-série é o percentual de alunos reprovados ou que abandonaram os estudos em determinado ano letivo. A pesquisa revela que a distorção é um processo que dificilmente é reversível, isto que um aluno que atrasa os estudos no início da Educação Básica, em decorrência de reprovação ou abandono, permanece nessa situação até a conclusão do Ensino Médio, ocorrendo até mesmo uma evasão.
Comparando o ano de 2019 ao 2020, é perceptível uma tendência de queda na taxa de distorção idade-série. Em 2019 a taxa era de 18,7%, em 2020 passou para 17,8%.
Na Rede Privada de Ensino, a taxa de distorção idade-série do ensino Fundamental é inferior e menos variável do que na Rede Pública. De acordo com o Censo Escolar 2020, as maiores taxas de distorção da Rede Privada são observadas nos 7º, 8º e 9º anos, com 5,8%, 6,2% e 6,4%, respectivamente.
Censo Escolar - é o principal meio de coleta de informações sobre a Educação Básica, coordenado pelo Inep em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país.
Os dados coletados servem para promoção de políticas públicas, buscando melhoria na educação; e acompanhamento de repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para municípios e unidades da Federação. As informações consolidadas em pesquisa, servem por exemplo, para distribuição de recursos referentes à merenda, material didático, material escolar e outros. Os dados também contribuem para a continuidade de um conjunto de indicadores que possibilitam a análise da situação educacional no Brasil, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); as taxas de rendimento e de fluxo escolar; a distorção idade-série; referências para as metas do Plano Nacional de Educação (PNE); entre outros.
Para mais informações acesse o portal do Inep.