Professores da rede municipal de São Paulo anunciam greve

Por Karoline Figueiredo
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Os professores das escolas municipais de São Paulo (SP) em conjunto com cinco entidades de sindicatos representantes da categoria, decretaram greve contra o retorno das atividades presenciais. A medida foi acatada após reunião realizada de forma virtual na última segunda-feira (8). O retorno das aulas presenciais estava previsto para 15 de fevereiro.

Pesquisas revelam que o nível de contágio por Covid-19 em sala de aula não é significativo, no entanto, para que isso aconteça, é necessário que sejam seguidos todos os protocolos de segurança sanitária.

Segundo os profissionais que aderiram a paralisação, muitas escolas não estão totalmente preparadas para o funcionamento dentro das condições que a pandemia exige. Diversos estabelecimentos são mal ventilados, possuem poucos banheiros, além disso, os professores não receberam equipamentos de proteção individual suficientes. A estrutura complementar para o ensino remoto, como a distribuição de tablets e a montagem de salas digitais, não foi finalizada.

"As intenções desse retorno presencial não têm a ver com qualidade de ensino, da criança estar na escola, se alimentando. Há interesses obscuros por trás disso. Gostaria de saber se o secretário da educação, prefeito e governador de São Paulo tivessem filhos em escolas públicas, elas seriam reabertas"?, questionou o diretor do Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem), Paulo Soares da Rocha.

De acordo com os sindicatos, o propósito da greve é reivindicar a manutenção do ensino remoto em todas as unidades de ensino; a distribuição de tablets aos estudantes; a priorização de vacinas aos profissionais da educação; equipamentos de proteção individual de qualidade e em quantidade suficiente; testagem em massa para controlar o vírus; e suporte social às famílias dos estudantes do Ensino Infantil ao Ensino Médio.

As entidades de apoio são as seguintes: Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem); Sindicatos dos Educadores da Infância (Sedin); Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep); Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp); e Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).

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