Inconsciente

Por Paula Farias Akkari

Psicóloga (CRP 06/178290), graduada pela PUC-SP.
Mestranda em Psicologia Social na mesma instituição.
Pós-graduanda no Instituto Dasein.

Categorias: Psicanálise, Psicologia
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Inconsciente” é o conceito polissêmico mais importante da Psicanálise.

Sigmund Freud, pai dessa escola de pensamento, com base nas tradições da psiquiatria dinâmica e filosofia alemã, polido pela prática clínica, percebeu que a psique não é redutível aos conteúdos aos quais há acesso. Assim, apresentou a teoria do inconsciente, que apresenta sentido tópico (relacionado a lugar) e adjetivo.

A primeira significação designa uma instância psíquica particular, simultaneamente interna e externa ao sujeito, portadora de mecanismos e conteúdos específicos.

Estes últimos, por serem repudiados pela consciência, passam por processos de desligamento, ou seja, a ideia e a palavra a eles relacionadas tornam-se desconectadas. Logo, é adquirido outro princípio de ligação. Assim, o inconsciente apresenta leis de associação próprias, associadas ao retorno a traços mnêmicos de satisfação, as “representantes-representações” das pulsões.

A gramática básica de seus processos primários se dá via condensação (fusão de ideias) e deslocamento (condução da energia pulsional de uma ideia para outra).

Há, ademais, a concepção de inconsciente como adjetivo, comum na linguagem coloquial. Ela designa o conjunto dos processos mentais que não são conscientemente pensados, e até mesmo o estado mental de indivíduos privados da consciência (como por exemplo o de sujeitos desacordados).

Aceso ao inconsciente

O inconsciente é percebido em suas manifestações, caras ao processo de análise. São estas:

Referências bibliográficas:

FREUD, S. Algumas observações sobre o conceito de inconsciente na psicanálise (1912). In: Obras completas, volume 10: Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia (“O Caso Schereber”), artigos sobre técnica e outros textos (1911-1913); tradução Paulo César de Souza – São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

LAPLANCHE, J; PONTALIS, J. B. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

ROUDINESCO E PLON, Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

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